Dirceu Pupo, contador da família de Beto Richa, foi solto na tarde deste domingo (17), depois de ficar preso por três semanas. Sua libertação ocorreu por decisão tomada ainda na sexta-feira pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que também concedeu novo salvo-conduto para impedir que o ex-governador e familiares sejam presos novamente.

Preso na 58ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Integração 2, Pupo é acusado de participação indireta em supostas fraudes na concessão de rodovias do Estado. Ele teria o papel de "esquentar" o dinheiro que a família Richa teria supostamente recebido das concessionárias do Anel de Integração. Ao analisar o pedido de soltura do contador, Mendes não viu risco para as investigações caso ele fosse solto.

FAMÍLIA RICHA

Gilmar Mendes também analisou a situação de Beto Richa, da esposa Fernanda e do filho André e concedeu salvo-conduto garantindo a liberdade dos três "considerando o risco concreto de novas prisões".

"Não se vislumbra o risco atual à instrução criminal e nem qualquer ressalva para a prisão dos requerentes com base nesse fundamento, à luz dos fatos e contextos já expostos e considerados anteriormente. [...] Considerando o risco concreto de novas prisões dos requerentes, que se encontram abrangidos pela mesma relação jurídico-processual, sendo denunciados pelos mesmos fatos considerados insuscetíveis de prisão cautelar, entendo ser o caso de expedir novo salvo-conduto", decidiu o ministro em despacho no qual aponta para "pontos de intersecção" entre as operações Rádio Patrulha e Integração 2, além de "identidade parcial entre os fatos apurados nos dois processos. (Foto: Arquivo MP)