Boa campanha do FC Cascavel pinta cidade de amarelo e preto
A cidade está cheia delas: as camisas de cores amarela e preta tomaram conta das ruas, mesmo em dias em que não há jogos do Campeonato Paranaense. Virou comum ver pessoas com o uniforme do FC Cascavel na fila do supermercado, nos bancos, nas praças, nos parques e até no trabalho.
Dos mais velhos, que já tiveram a oportunidade de vivenciar o clima futebolístico da cidade no passado, aos mais novos, que estão aprendendo agora o que é um estádio, o sentimento de empolgação é o mesmo diante da melhor campanha individual da fase classificatória do primeiro turno e da perspectiva de o time disputar um histórico Clássico da Soja na grande final - a estreia no returno acontece neste sábado, em Curitiba, diante do Paraná Clube.
"O futebol é o esporte mais popular do Brasil. Se olhar o DNA do futebol, por ser popular, tem que ter preço popular. Tem que ter esse atrativo para o torcedor vestir a camisa e comprar para família inteira. Popularizamos o preço da camisa e fizemos o mesmo com o ingresso. Ficou muito acessível e assim a gente vê inúmeras pessoas usando a camisa para ir para academia, para caminhar, para ir ao estádio. O futebol tem que entrar em todos os bairros, todas as casas", comenta o diretor de marketing do clube, Eduardo Serralheiro, comemorando o fato de mais de 20 mil camisas terem sido vendidas só nas primeiras semanas do Campeonato Paranaense de 2019.
O reflexo disso pode ser sentido nos jogos em casa. No último dia 17, data da partida entre FC Cascavel e Coritiba, por exemplo, o confronto era só no fim da tarde de domingo, mas muitos dias antes esse era um dos principais assuntos nas rodas de amigos, entre os vizinhos, nos grupos de trabalho: todos estavam combinando a ida ao estádio. No dia, mesmo com chuva, as arquibancadas do Estádio Olímpico estavam quase inteiramente preenchidas de amarelo e preto.
O engenheiro eletricista e empresário Marcelo Godoy foi um desses torcedores que reuniu uma galera para assistir ao jogo com ele. Entre os companheiros estava o filho Eduardo, de 8 anos. "Fui em todos os jogos aqui em Cascavel desta e da temporada passada. Sempre levo meu filho junto porque acredito muito no poder do esporte como processo de educação. Lembro quando meu pai me levava ao estádio, acho que isso fica gravado na memória. E para meu filho está sendo uma experiência fantástica! Ele adora, acompanha os jogos e sabe dos resultados. Todos em casa temos a camisa", conta Marcelo, acrescentando que o filho mais novo, Vicente, mesmo aos 2 anos também já pede para ir ao estádio.
NOSTALGIA
Para quem era criança na década de 1980, como é o caso do advogado Helio Ideriha Junior, voltar a frequentar o estádio devolve boas sensações e dá a possibilidade de repassar para as próximas gerações a mesma emoção que ele teve a oportunidade de vivenciar na infância. "Eu tinha uns seis anos na época, frequentava os jogos, vi aquele famoso gol de goleiro do Zico, entrava com os jogadores no estádio. Eu cresci assim. E gosto muito de futebol: sou são-paulino roxo, vou muito ao Morumbi. Faltava em Cascavel algo que nos estimulasse a ir ao estádio. É um programa bacana levar a família, comer uma pipoca, um amendoim, torcendo pelo time. Então levei minha filha ao último jogo do FC Cascavel. Ela torceu, vibrou, chorou com a derrota. Mas expliquei pra ela que é um jogo, ela entende que a tristeza e a alegria desses momentos são emoções boas. Assim que ela chegou em casa já perguntou quando seria o próximo jogo. Parabenizo a todos pelo trabalho e vamos continuar apoiando, levarei mais vezes minha família ao estádio", comenta Ideriha.
Outras tantas famílias sentem o mesmo: gratidão pelos momentos de união que estão vivendo! "Estou adorando essa sensação de ver a cidade com boas perspectivas em relação ao time. Colocou nossa cidade nas mídias, promoveu união entre os moradores e mais que isso: todos lutando pelo mesmo propósito! Penso que isso foi uma das melhores coisas que possam ter acontecido nos últimos anos pra nós cidadãos cascavelenses", agradece o empresário Sandro Ronsani. (Foto: Assessoria)