Oeste do PR lidera produção mundial de proteína animal
O Oeste paranaense foi foco de ampla reportagem do site Avicultura Industrial que bem demonstra a pujança da região quando o assunto é agronegócio. De acordo com o texto, aqui incrementado com outros números levantados pelo portal Alerta Paraná, esse pedaço do Estado é hoje o principal polo transformador de grãos em proteína animal do mundo, fruto de pesados investimentos em setores como avicultura, suinocultura, piscicultura e bovinocultura leiteira.
Cultivadora tradicional de soja e milho, a região atingiu um desenvolvimento muito acima da média nas últimas décadas na transformação desses insumos em carnes e leite, agregando cada vez mais valor a seus produtos a partir do emprego de novas tecnologias e da construção de plantas industriais modernas e sustentáveis.
"A região mostra uma expansão incrível, com inovação gerando produtividade e novos produtos para os mercados brasileiro e externo", reconheceu Andrea Gessulli, diretora da Gessulli Agribusiness, empresa organizadora da AveSui EuroTier South America, que neste ano será novamente realizada em Medianeira, de 23 a 25 de julho.
O Paraná ocupa atualmente a liderança nacional no ranking dos Estados produtores e exportadores de carne de frango. A avicultura paranaense é responsável por 34,32% do total produzido no País e por 37,20% do volume embarcado para o mercado internacional. A carne de frango representa 70% das exportações do Oeste, que também responde por 20% da produção de grãos do Estado.
A suinocultura também tem registrado importantes investimentos nos últimos anos na região para industrializar boa parte da fatia de 17,85% do rebanho nacional produzida no Paraná. Já o setor lácteo vive um período de grande expansão e que culminou, em julho do ano passado, com a inauguração do Laticínio Star Mil, localizado no interior de Céu Azul e fruto de R$ 30 milhões de investimento em tecnologia de ponta.
PISCICULTURA
Mais recentemente, o Oeste paranaense se transformou também na maior região produtora de peixes do País, tendo a tilápia como principal espécie cultivada. O sistema de integração implantado por várias cooperativas, dentro do mesmo modelo aplicado na criação de aves e suínos, impulsionou a expansão da piscicultura principalmente nas microrregiões de Cascavel e Toledo.
Hoje a região responde por 69% de toda a produção de peixes do Estado, que é o maior produtor nacional. Esse desenvolvimento todo culminou com a instalação, em fins de 2017, em Palotina, do maior abatedouro de peixes do Brasil. Ele pertence à cooperativa C.Vale e tem capacidade para o abate de 75 mil peixes/dia e veio se somar ao abatedouro da Copacol de Cafelândia, em operação há pouco mais de uma década.
NOVOS INVESTIMENTOS
Com um arrojo sem precedentes, o Oeste paranaense aposta cada vez mais na transformação de sua produção agropecuária em novas e modernas fontes de renda. Somente para 2019 a região tem um investimento previsto da ordem de R$ 1 bilhão em diferentes setores de proteína animal.
O projeto mais ambicioso é a continuidade da instalação, em Assis Chateaubriand, do maior frigorífico de abate de suínos da América Latina. Com início da operação prevista originalmente para 2021, ele deverá gerar R$ 5,5 mil empregos diretos e dobrar o volume de abate feito atualmente na região, que é de R$ 15 mil animais/dia. (Foto: Assessoria Copacol)