Autogeração vai romper com modelo tradicional de energia
O Paraná dá saltos decisivos em direção a um futuro que não tem volta. As deficiências no campo energético tradicional vão, gradualmente, ser vencidas por um modelo comum e de grande sucesso em muitos países. É a autogeração, investimento que empresas e pessoas físicas passam a fazer para produzir a eletricidade que as suas empresas e residências consomem.
Há um bom tempo a produção de energias renováveis começa a movimentar segmentos importantes e a demanda pelo primeiro Estudo Energético Regional do País foi feita ao POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), que então contou com apoio da Cibiogás, o Centro Internacional de Energias Renováveis/Biogás. "Somos uma instituição científica, de tecnologia e de inovação, constituída sem fins lucrativos e formada por 22 instituições que desenvolvem e apoiam projetos no campo das energias renováveis", afirmou o engenheiro ambiental Rafael de Aguiar Gonzales ao apresentar os primeiros dados do plano na Acic.
O estudo feito pela Cibiogás consumiu um ano e levou diversos aspectos em consideração com projeção para dez anos. "Essas dados são dos mais interessantes e vão empoderar a região nesse debate", afirmou Gonzales.
NÚMEROS
Com 25,8 mil quilômetros quadrados e 1,3 milhão de habitantes, o Oeste do Paraná conta com 21 conjuntos elétricos e 573.461 unidades consumidoras. O consumo total de energia em 2016 foi de 3.921.605 MWh. O maior consumidor são as residências, com 23,8% do total, seguidas pelo segmento comercial com 21,6% e pelo industrial com 20,7%.