Estado vai modernizar Casas Familiares Rurais
O Governo do Paraná criou uma comissão de trabalho para reformular as Casas Familiares Rurais, modelo que integra o ensino formal à qualificação profissional dos filhos de agricultores familiares paranaenses. A comissão foi formada nesta segunda-feira (25), durante reunião, no Palácio Iguaçu, entre o governador em exercício Darci Piana, o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri, e prefeitos e representantes da Arcafar (Associação Regional das Casas Familiares Rurais). O Professor Lemos representou a região Oeste no encontro.
Atualmente existem 23 casas no Paraná, que atendem diretamente 2,5 mil famílias. Elas funcionam em um modelo de alternância, em que os alunos passam um período na unidade de ensino em regime de internato e o restante na sua propriedade, integrando a teoria com a prática.
De acordo com Piana, há necessidade de revisão desse formato para modernizar e garantir o repasse de recursos para a manutenção das Casas Familiares Rurais. "Precisamos encontrar uma solução mais prática e moderna, incluindo a Emater, a Secretaria da Agricultura, a Secretaria da Educação e as prefeituras, para que seja possível, legalmente, transferir recursos e melhorar o ensino nas casas familiares", afirmou.
SOLUÇÕES
O chefe da Casa Civil, Guto Silva, explicou que o modelo jurídico vigente está defasado, o que acaba comprometendo o funcionamento do modelo. Segundo ele, a comissão que vai buscar soluções deverá se reunir logo após o Carnaval .
"A proposta é fazer uma leitura legal, jurídica e orçamentária desse modelo, para compatibilizar com a realidade e a necessidade do Interior do Paraná", disse. "Uma das plataformas do governo é trabalhar com a agricultura de precisão e as escolas agrícolas 4.0", ressaltou.
Marco Geffer, professor e representante das Casas Familiares Rurais do Paraná, explicou que é preciso ampliar o corpo técnico das unidades de ensino, para que os profissionais atendam os alunos e os agricultores familiares de forma integral.
"O formato que temos hoje não serve, porque os professores não conseguem dar o atendimento que deveriam e os municípios não têm condições de arcar com os custos dos profissionais", explicou. "A comissão de trabalho vai dar todo o suporte técnico, jurídico e pedagógico para dar condições de o Estado rever esse modelo. Saímos satisfeitos, acredito que vai dar certo mais para frente", afirmou Geffer. (Foto: AENPR)