Hospital Regional de Toledo pode ser entregue só em 2020
Apesar do esforço da administração municipal, é muito provável que o Hospital Regional de Toledo só entre em operação no início do ano que vem. Essa previsão ocorre pelo tempo necessário para a realização da licitação dos projetos de readequação da obra e pelo prazo mínimo de oito meses para sua execução.
Os 11 projetos foram entregues ontem (21) pela empresa londrinense MEP ao prefeito Lúcio de Marchi junto com a planilha orçamentária, que é de R$ 11.052.532,19. Estão previstos ajustes na estrutura do prédio, bem como nas redes hidráulica, elétrica, de climatização e gases medicinais.
Os projetos começaram a ser elaborados ainda em setembro do ano passado e corrigem todos os erros apontados pela Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, Sanepar, técnicos da Ebserh e engenheiros que participaram da auditoria que culminou com a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pela Câmara de Vereadores.
Segundo a secretária de Saúde, Denise Liell, os projetos serão agora analisados pela Prefeitura e depois será feito o termo de referência. O processo licitatório será encaminhado paralelamente, mas o seu término sofrerá atraso caso alguma empresa concorrente apresente recurso.
"Esse é um momento muito importante, pois a empresa especializada em atenção hospitalar está trazendo tudo que é necessário já de acordo com as normas atuais de Vigilância em Saúde da Anvisa, o que também transmite segurança para desenvolver todas as correções e adequações necessárias", aponta a secretária.
"É uma vergonha um hospital que recebemos como concluído e com habite-se, fornecido em 2016 e infelizmente com tantas irregularidades. Foi constituída uma comissão de técnicos da Prefeitura para investigar. Em seguida a Câmara concedeu uma CPI que constatou muitas irregularidades e que culminou com a contratação da MEP", lamentou Lucio de Marchi.
"No momento da execução da obra vamos solicitar ao juiz que indique um perito para acompanhar as obras. Não vamos mais criar expectativas como foi criado. Vamos fazer tudo nas normas e informar tudo à Justiça do que está acontecendo. É o maior desafio do extremo oeste do Paraná", acrescentou o prefeito. (Foto: Assessoria)