Conforme havia prometido, Jair Bolsonaro demitiu nesta segunda-feira (19) o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, pivô da primeira crise do novo governo por suspeita de irregularidades em campanhas do PSL e envolvimento em rusgas com um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ).
Em nota lida pelo porta-voz, Bolsonaro deseja "sucesso na nova caminhada" e agradece Bebianno por sua "dedicação", ratificando assim o que havia prometido no sábado.

Bebianno vem sendo acusado de supostas irregularidades nas campanhas eleitorais do PSL ocorridas na época em que ele presidia o partido. A crise cresceu quando o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, chamou Bebianno de mentiroso, declaração que foi reforçada pelo próprio presidente.

REPRESÁLIA

Horas antes de ter a sua demissão confirmada, Gustavo Bebianno, que é advogado de formação e conheceu o presidente apenas em 2017, disse que vai devolver "em triplo", dentro da lei, as ameaças que contou ter recebido depois de ter seu número de celular divulgado por diversas pessoas, que já teriam sido identificadas por ele. Cada uma dessas pessoas, segundo ele, será "surpreendida com uma ação judicial".
"Não tenho medo de briga. Não me intimidam", escreveu o ministro em mensagem à Folha de S. Paulo. "Sou paciente, chato e obstinado. Tenho muitos amigos também. Dará um certo trabalho, mas devolverei em triplo as ameaças e ofensas (dentro da lei)", acrescentou. (Foto: AENPR)