MERCADO AGROPECUÁRIO 29/01/2019
Melhora o ritmo de negócios com soja
O ritmo dos negócios no mercado brasileiro da soja tem se mostrado melhor nesta semana se comparado às duas outras anteriores. Apesar de operações ainda pontuais e de volumes limitados, o cenário já é diferente do observado no início de janeiro, uma vez que os preços já são melhores entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca no interior e nos portos do país.
Como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, há diferentes realidades financeiras entre os produtores e, por conta disso, diferentes realidades também entre os estilos de comercialização que estão sendo registrados agora...
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Preço do milho cai em Chicago
Depois de operar todo o dia muito próximos da estabilidade, os preços do milho encerraram a terça-feira (29) em queda na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram desvalorizações entre 2,25 e 2,5 pontos. O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,77 e o maio/19 valia US$ 3,86.
Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho seguem sem apresentar grandes volumes em mais uma sessão de restrição. As inspeções de exportação na semana passada caíram para 32,5 milhões de bushels, na estimativa mais baixa das estimativas de comércio e 15 milhões abaixo da última previsão feita pelo USDA em dezembro. Ainda assim, as inspeções no acumulado do ano permanecem bem à frente desse ritmo, após um rápido início dos embarques no outono passado, quando a capacidade de embarque normalmente dedicada à soja se abriu devido a interrupções causadas pelas tarifas da China...
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Oferta restrita pressiona a arroba do boi
A oferta restrita de boiadas pressionou as cotações para cima em regiões onde as indústrias estão com dificuldade em alongar as escalas de abate. Foi o caso das praças pecuárias do Triângulo Mineiro-MG e Marabá-PA. Nesta última, as programações de abate atendem, em média, três dias e a necessidade de compor o fluxo deu firmeza às cotações.
Na região a arroba do boi gordo subiu R$1,00 na comparação dia a dia, uma alta de 0,8%. Vale ressaltar que em algumas praças pecuárias, mesmo com a virada do mês se aproximando e a expectativa de melhora na demanda, a boa disponibilidade de boiadas abre espaço para as indústrias ofertarem preços abaixo das referências...
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Suíno vivo cai em SP e SC
Nesta terça-feira (29), a cotação do suíno vivo teve queda de -5,50% em São Paulo, a R$3,78/kg e queda de -4,43% em Santa Catarina, a R$3,45/kg. O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a segunda (28), teve queda em grande parte das praças, sendo a mais expressiva as quedas de -1,57% em Minas Gerais e Santa Catarina, sendo que a primeira praça teve a cotação estabelecida em R$3,77/kg e a segunda, em R$3,13/kg.
Os suinocultores paulistas e do oeste catarinense começam 2019 registrando diminuição no poder de compra frente aos principais insumos utilizados na alimentação dos animais, como ressalta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.
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Frigoríficos reclamam da fiscalização
Frigoríficos do Paraná reclamam do aumento do rigor na fiscalização feita pelo Ministério da Agricultura após as denúncias de corrupção envolvendo fiscais na Operação Carne Fraca, em 2017, e na Operação Trapaça, em 2018, ambas da Polícia Federal. Segundo executivos ouvidos pelo Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), processos produtivos que vão do manejo de animais à industrialização estão sendo avaliados com minúcia exagerada. Afirmam que, além da aplicação de multas, linhas de produção vêm sendo interrompidas e unidades exportadoras, desabilitadas.
Empresários das maiores cooperativas do Paraná dizem que a atuação dos fiscais passou a ser mais detalhista e não tem observado um mesmo padrão - varia conforme a interpretação de cada um sobre as normas do ministério. Essas fontes atribuem o comportamento a uma preocupação dos agentes em afastar possíveis suspeitas sobre sua honestidade depois das operações da PF que revelaram casos de fraude e corrupção entre fiscais e empresas...
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Feijão: no PR, quem colheu por último colheu melhor
Os produtores de feijão que foram a campo logo no início da janela de plantio enfrentaram mais problemas climáticos, entregaram grãos mais castigados e a preços pouco remuneradores, na média paranaense. No entanto, os agricultores que atrasaram mais a semeadura conseguiram resultados melhores, tanto em produtividade quanto em qualidade, com a possibilidade de receber mais do que o dobro pela mesma saca de 60 kg vendida há um mês.
Preços em alta- Essa disparada nos preços já é sentida pelos consumidores nos supermercados e deve continuar ao menos até abril, quando a segunda safra do feijão chegar às prateleiras. Isso porque já era esperada uma produção menor, já que a área plantada caiu 16% no ciclo 2018/19 ante o anterior, para um total de 162,3 mil hectares (ha), segundo o Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento)...
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C.Vale registra crescimento de 23%
A C.Vale conseguiu crescer 23% e fechou 2018 com faturamento superior a R$ 8,5 bilhões e sobras de R$ 100 milhões. A valorização da soja e do milho foi o principal fator a impulsionar o desempenho da cooperativa. No segmento carnes, o desempenho foi prejudicado pelos efeitos da greve dos caminhoneiros, pelas restrições impostas pela Europa e China, e pelo baixo nível de consumo do mercado interno.
Assembleia- O relatório com os dados completos será apresentado nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro, aos associados durante assembleia, na Asfuca de Palotina, a partir das 14 horas. O presidente Alfredo Lang vai revelar também os principais investimentos para 2019, que incluem ampliações da produção de frangos, peixes e na capacidade de recebimento de grãos...
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