MERCADO AGROPECUÁRIO 23/01/2019
Soja sobe no mercado interno, mas negócios seguem travados
Nesta quarta-feira (23), os preços da soja voltaram a subir no mercado brasileiro, dessa vez, acompanhando os ganhos observados na Bolsa de Chicago. As cotações trabalharam o dia todo em campo positivo, buscando garantir patamares importantes no cenário internacional.
As altas chegaram a bater em até 3,17%, como foi o caso de São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, onde a saca encerrou o dia com referência nos R$ 65,00. Nas praças de comercialização do Rio Grande do Sul e Paraná, os ganhos variaram entre 0,74% e 2,05%, com cotações de R$ 68,50 e R$ 75,50 por saca...
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Boi: ruim de comprar, ruim para vender
O cenário comum no mercado do boi gordo é de dificuldade de compra e lento escoamento da carne. Ou seja, está ruim para comprar e ruim para vender. Diante disso, há um equilíbrio nas referências na maioria das praças pecuárias, como observado no fechamento de hoje.
Nas praças que registraram alterações nas referências, a oferta de boiadas foi o fator limitante para as mudanças de preços. Onde a oferta está um pouco mais confortável, as indústrias pressionam as cotações para baixo e, onde há maior dificuldade de compras, pagamentos acima das referências são comuns...
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Negócios no Show Rural podem chegar a R$ 2 bi
As prováveis perdas em lavouras de soja no Paraná não afetarão a disposição dos produtores do Estado em investir no Show Rural Coopavel, que será realizado de 4 a 8 de fevereiro em Cascavel. Isso porque os preços atuais da oleaginosa e do milho estão superiores às médias do ano passado e há "grande disponibilidade" de crédito para investimento, disse ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli.
"Há muita oferta de bancos públicos, privados e cooperativas de crédito. Serão R$ 3 bilhões oferecidos na feira aos produtores. No ano passado, o volume disponível foi menor, em torno de R$ 2 bilhões a R$ 2,2 bilhões", lembrou Grolli...
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Descredenciamento de frigoríficos foi decisão técnica
O presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Rubens Hannun, acredita que os critérios que levaram a Arábia Saudita a descredenciar unidades brasileiras exportadoras de frango foram técnicos. Ele ressalta que desde a Operação Carne Fraca muitos países elevaram o nível de inspeção para a produção brasileira.
Para ele, não há uma retaliação em relação às declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a embaixada brasileira em Israel. Hannun disse que tem reunião agendada na próxima terça-feira em Brasília com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O encontro já estava agendado antes do bloqueio, mas o tema deverá dominar a conversa agora. Nas próximas semanas, ele deve ir também a Arábia Saudita. A visita também já estava programada.
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Em debate, a remuneração de produtores de aves e suínos
Representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e indústrias se reuniram para discutir o andamento do grupo de trabalho responsável por propor a metodologia do valor de referência para os contratos de integração entre agroindústria e os produtores, que definirá a remuneração dos criadores de aves e suínos.
O encontro aconteceu na terça (22/01), em Brasília, e contou com a presença do presidente da CNA, João Martins, e do presidente da ABPA, Francisco Turra. Durante a reunião foram tratados pontos relacionados à sustentabilidade da cadeia e aos desafios no mercado interno e externo. O objetivo é buscar a convergência entre as demandas da indústria e dos produtores para que a cadeia cresça como um todo...
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