MERCADO AGROPECUÁRIO 22/01/2019
Soja volta a cair na Cbot
Nesta terça-feira (22), o mercado da soja voltou a trabalhar no negativo na Bolsa de Chicago (CBOT), após uma segunda-feira sem negociações em função do feriado de Martin Luther King. Vlamir Brandalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting, destaca que o relatório dos embarques semanais, que continua sendo divulgado, pois não tem os dados compilados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), veio abaixo do esperado para o mercado.
O ritmo dos embarques continua fraco e, assim, o mercado teve um pouco de frustração. As negociações não evoluem e o Governo norte-americano continua resistente em receber os chineses para uma conciliação. Por outro lado, o Brexit também é um fator negativo para a economia mundial, atrapalhando a evolução, mas fortalecendo o dólar.
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Milho recua em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago terminaram o pregão desta terça-feira (22) registrando tímidas baixas. Na sessão pós-feriado nos EUA, o cereal retomou os negócios ainda com pouca força e sem combustível para que variações mais agressivas pudessem ser observadas entre os vencimentos mais negociados.
As cotações encerraram os negócios perdendo entre 2,50 e 2,75 pontos, com o março/19 valendo US$ 3,79 por bushel, enquanto o maio/19 ficou em US$ 3,87 e o julho em US$ 3,95. Os traders sentem, neste momento, principalmente a falta das informações oficiais que partem do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com a paralisação do governo entrando em 32º dia, a maior paralisação da história dos EUA. Os dados seguem limitados e, portanto, também limitam as negociações, portanto...
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Boi gordo: pressão de baixa perde força
A pressão de baixa imposta pelas indústrias vem perdendo força. Não está fácil tornar efetivas as ofertas de compra em preços menores. Apesar da demanda fraca, a oferta de gado está restrita e esse é o fator que tem contido as baixas, impedindo recuos mais significativos para a arroba.
Esse cenário fica mais evidente na praça de São Paulo. No Estado, a referência para o boi gordo segue estável há duas semanas e a arroba está cotada em R$150,50, à vista, livre de Funrural. A maioria dos frigoríficos paulistas trabalha com escalas de abate que atendem ao redor de três dias.
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Preço do suíno cai 10% em uma semana
O mercado de suínos segue com as vendas em ritmo lento e, nesta segunda quinzena do mês, a demanda não deve ganhar fôlego para reverter o sentido das cotações. Nas granjas paulistas, o animal terminado teve queda de 2,6% nos preços nos últimos sete dias e a arroba está sendo negociada, em média, em R$74,00.
No atacado, em igual comparação, o recuo foi de 10,0%, com a carcaça cotada, em média, em R$5,40 por quilo. Desde o início do mês, a desvalorização neste elo da cadeia foi de 12,9%. O cenário de vendas fracas mantém o comprador atento a fim de não acumular estoques, o que reduz as negociações. Daqui até o final do mês, as expectativas são de preços frouxos.
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