Face anuncia programa contra as "fake news" em ano eleitoral
A seis meses das eleições, o Facebook anunciou que iniciará na próxima semana, no Brasil, um programa de verificação de notícias em parceria com as agências de checagem Lupa e Aos Fatos. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo a plataforma, os dois serviços, ligados à International Fact-Checking Network (IFCN), rede de checadores organizada pelo instituto Poynter (EUA), terão acesso às notícias denunciadas como falsas pelos usuários.
Aquelas que as agências confirmarem como falsas "terão sua distribuição orgânica reduzida de forma significativa", não podendo mais ser impulsionadas, diz o Facebook.
E "páginas que repetidamente compartilharem notícias falsas terão todo o seu alcance diminuído", não podendo mais comprar anúncio para aumentar suas audiências.
Nos EUA, segundo a plataforma, um programa semelhante teria reduzido "em até 80%" a distribuição daquelas notícias confirmadas como falsas pelos checadores.
Responsável no Facebook por parcerias com veículos de mídia latino-americanos, Cláudia Gurfinkel afirma que o programa "é mais um passo" nos esforços da plataforma para combater "fake news".
Cristina Tardáguila, diretora da Agência Lupa afirma ter entrado no programa "acreditando fortemente no impacto que ele terá, ainda mais num ano eleitoral". (Foto: Arquivo Google)
A ORIGEM
"Fake news", ou notícia falsa, é um termo tão onipresente hoje que é difícil acreditar que até poucos meses atrás nem era usado. De acordo com o Google Trends, a expressão se generalizou no mês da eleição presidencial norte-americana de 2016 e se espalhou rapidamente pelo mundo todo. Mentiras apresentadas como sendo reportagens noticiosas factuais quase sempre existiram, mas nunca tiveram tão rápida propagação, nem produziram tamanho efeito na mente das pessoas quanto ultimamente.