MERCADO AGROPECUÁRIO 16/01/2019
Soja fecha estável na Cbot
O mercado da soja na Bolsa de Chicago teve uma nova sessão de altas e baixas nesta quarta-feira (16) e deverá manter essa tendência até que mais informações concretas cheguem para firmar uma melhor direção para as cotações. Nesse ambiente, mais uma vez, os preços terminaram o dia com estabilidade. As pequenas altas entre as cotações mais negociadas ficaram entre 0,75 e 1,25 ponto, com o março valendo US$ 8,94 e o maio, US$ 9,08.
"A especulação não possui fortes "munições" (notícias) para manter uma tendência específica. Além do mais, assim como estamos ressaltando há semanas, sem os relatórios do USDA o mercado fica sem uma definição de tendência de longo-prazo, enfrentando dificuldades de sustentar as altas ou pressionar as quedas", explicam os analistas da ARC Mercosul...
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Não é hora de vender, dizem analistas
A hora é do produtor brasileiro de soja segurar suas vendas. A orientação que parte de analistas e consultores de mercado é reflexo de um cenário onde tudo está acontecendo ao mesmo tempo em que nada está confirmado. Dessa forma, talvez a cautela seja, de fato, a melhor postura a se adotar neste momento. Há, afinal, um combinado de fatores negativos pairando sobre os preços da oleaginosa no mercado brasileiro e as mudanças não deverão vir tão cedo.
Segundo Carlos Cogo, diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, os sojicultores devem limitar suas vendas, pelo menos, até meados de abril e maio, quando a situação estiver um pouco mais clara e quando o mercado já irá conhecer melhor o que esperar da nova safra dos Estados Unidos...
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Boi gordo com cotação estável em SP e frouxa em MS
A melhoria da oferta de boiadas não tem sido suficiente para pressionar de maneira efetiva o mercado, considerando São Paulo como referência. As programações de abate no estado atendem entre três e cinco dias na maioria dos casos. Programações maiores existem e ilustram a chegada da safra, sem demanda forte, cenário típico de início de ano.
Apesar da disponibilidade de gado, existe a possibilidade de retenção no pasto, o que não permite movimentos mais fortes de queda das cotações na praça paulista. Em Mato Grosso do Sul o cenário é o oposto. A boa disponibilidade de boiadas tem empurrado as escalas para o final de janeiro, e em alguns casos até para o começo de fevereiro...
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Milho sobe em Chicago
Seguindo a tendência apresentada ao longo de todo o dia, os preços internacionais do milho encerraram a quarta-feira (16) apresentando altas. As principais cotações futuras marcaram valorizações entre 2,2 e 2,6 pontos na Bolsa de Chicago (CBOT). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,74 e o maio/19 valia US$ 3,82.
Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços tentaram se recuperar de uma decepcionante sessão na terça-feira. A frustração com a falta de notícias do USDA pareceu piorar, fazendo com que alguns traders abandonassem posições longas e se afastassem...
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Cotação estável para o suíno vivo
Nesta quarta-feira (16), as cotações do suíno vivo permaneceram estáveis nas principais praças do país, sendo o maior valor de negociação anotado em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, a R$4,00/kg. O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a terça (15), trouxe queda para grande parte das praças. A exceção foi Rio Grande do Sul, com alta de 0,32%, a R$3,15/kg e São Paulo, que se manteve estável, a R$3,91/kg.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP visualiza que a exportação, os menores custos e o aumento de consumo por parte da população brasileira devem trazer mais otimismo para o setor suinícola em 2019.
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