Dengue já pode ter causado a 1ª morte do ano no Estado
A morte de uma adolescente de Uraí, no Norte do Estado, está sendo investigada por haver forte suspeita de ter sido causada por dengue. A menina, de 14 anos, passava as festas de final de ano em Cornélio Procópio, onde foi hospitalizada no dia 29 de dezembro. O caso se agravou porque ela era diabética.
O teste rápido que é feito no momento da internação deu positivo para dengue, mas esse procedimento apenas orienta o diagnóstico inicial, uma vez que há grande possibilidade de ocorrer cruzamento com outras doenças.
De acordo com a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, ao receber a notificação, a Secretaria de Estado da Saúde encaminhou ao município de Uraí dois equipamentos de fumacê para reduzir os mosquitos que estão no ar. Também foi reforçado o envio de repelente para uso de gestantes e crianças de até 5 anos e material educativo.
"Mas a eliminação das larvas (criadouros) depende muito do empenho da própria população, que precisa eliminar os focos de água parada em seus domicílios", destaca Ivana.
Uraí apresenta um crescimento na circulação do vírus da dengue tipo 2, o que também aumenta a preocupação, uma vez que até o ano passado a grande maioria dos casos registrados no Paraná, cerca de 90%, era do tipo 1. Mesmo pessoas que se tornaram imunes ao tipo 1 podem ser infectadas pela dengue tipo 2.
EM NÚMEROS
Desde agosto do ano passado, o Estado confirmou a ocorrência de 129 casos de dengue distribuídos em 38 municípios, especialmente do Norte, Noroeste e Oeste. Mas, até o momento, apenas Uraí atingiu a situação de alerta de epidemia, considerada a partir da incidência de 273,62 casos para cada 100 mil habitantes.
CASCAVEL
Em Cascavel, o resultado do 1º LIRAa de 2019, divulgado ontem, acendeu o sinal de alerta aos moradores da região Sul da cidade (Jardim União, Padovani Santa Catarina, Faculdade I e II, Universitário, Turisparque, Veredas, Cascavel Velho, Jardim Itália I e II, Veneza, Presidente e Aquarela), que apresenta um índice de infestação pelo Aedes aegypti de nada menos que 9,3%, o que aponta para o alto risco de uma epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya.