Pondo ordem no quartel
Não se sabe se por corporativismo ou por falta de zelo, mas o fato é que a nova cúpula da Polícia Militar do Paraná queimou o filme ao indicar o coronel Nivaldo Marcelos da Silva para o 5º Comando Regional, que tem sede em Cascavel e coordena as ações da corporação em todo o Oeste e Sudoeste do Paraná. Menos mal que, conforme previsto por esta coluna, as devidas providências foram tomadas assim que o "currículo" do referido militar chegou ao conhecimento do governador. Embora ninguém confirme, o fato é que a "desnomeação" do coronel resultou de uma ordem expressa de Ratinho Junior, que certamente não gostou da falta de critério na escolha. Em 2006 o coronel Nivaldo foi preso junto com outros três militares sob acusação de facilitar o contrabando e o descaminho na região do lago de Itaipu, e cinco anos mais tarde foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná de fazer movimentações bancárias dez vezes superiores ao seu ganho como militar.
No olho da rua
Os três guardas municipais que aparecem em um vídeo datado de 22 de dezembro agredindo um homem em Cascavel estão afastados desde ontem do trabalho de rua por ordem do prefeito Leonaldo Paranhos. Vão agora responder a um processo administrativo e também a um inquérito policial aberto a pedido da vítima. E caso o abuso seja comprovado, o que parece óbvio pelas imagens, os agressores poderão ser dispensado do serviço público por justa causa.
Nova grade
As mudanças no Governo do Paraná iniciadas com a ascensão de Ratinho Junior ao poder chegarão também à área da comunicação. A programação da RTVE (Rádio e Televisão Educativa do Paraná) vai passar por ampla reformulação e passar a dedicar mais espaço para a promoção da identidade paranaense, com foco no turismo e na cultura, além de conteúdos de cunho educativo e informativo. Vai acabar aquela história de promoção dos governantes de plantão.
Stamm fortalecido
Leandro Mazzini, um dos mais bem informados sobre os bastidores de Brasília, acaba de confirmar o que esta coluna adiantou na edição anterior. "O perfil técnico de Marcos Stamm agrada ao Governo para continuar à frente da Usina Itaipu Binacional. O advogado, há apenas dois anos na empresa, passou pelo estratégico cargo de diretor financeiro - e agora, diretor-geral -, elaborou plano de investimentos em vários setores (de estrutura ao social) e para zerar o débito com o Paraguai a médio prazo", noticiou o jornalista.
Antes tarde...
Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (4) que vai rever o valor do auxílio-reclusão, benefício fixado em R$ 1,3 mil e concedido a familiares de detentos. "O auxílio-reclusão ultrapassa o valor do salário mínimo. Em reunião com ministros, decidimos que avançaremos nesta questão ignorada quando se trata de reforma da Previdência. Em cima de muitos detalhes vamos desinchando a máquina e fazendo justiça!", afirmou o presidente nas redes sociais.
...do que nunca
O auxílio-reclusão é pago a dependentes do segurado do INSS enquanto este permanecer preso em regime fechado ou semiaberto. O período de recebimento do benefício varia, de acordo com critérios pré-estabelecidos, e pode ser pago de forma vitalícia. Nada contra. Mas não há como aceitar que ele seja maior do que o salário pago a um pai de família de vida ilibada por 30 dias de trabalho duro.
Mais revisão
E outra questão que o novo governo irá revisar é o valor das indenizações pagas a perseguidos políticos do regime militar de 64. Nos últimos 22 anos essa reparação econômica a cerca de 10 mil civis e militares punidos, demitidos, presos ou cassados na época já custou aos cofres da União nada menos que R$ 13,4 bilhões, e isso tudo livrinho da silva do Imposto de Renda.
* Pílulas
* A chapa vencedora da eleição de novembro passado da OAB Cascavel, encabeçada pelo advogado Jurandir Parcianello Junior, assumirá suas funções no início da próxima semana. * A posse solene, no entanto, está marcada para dia 6 de fevereiro, no Teatro Municipal Frederico Leopoldo Sefrin Filho. * Após declarar apoio à reeleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara, o PSL de Jair Bolsonaro articula uma estratégia para evitar a volta de Renan Calheiros à presidência do Senado. * De Jair Bolsonaro ao ser perguntado sobre Fabricio Queiroz, assessor do filho Flávio: "Ele falou que vendia carros, eu sei que ele fazia rolo. Agora, quem vai ter que responder é ele". * Do ministro da Economia, Paulo Guedes: "A Previdência brasileira é hoje uma fábrica de desigualdades. Quem legisla e julga tem as maiores aposentadorias e a população, as menores".