Previdência é uma fábrica de desigualdades, afirma ministro
Num discurso duro em defesa do apoio da classe política ao novo governo e a mudanças que precisam ser feitas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elegeu a reforma da Previdência como prioridade do País. Para ele, se a reforma for aprovada, serão 10 anos de crescimento sustentável pela frente. "É o primeiro e maior desafio a ser enfrentado", disse. As informações são de Eduardo Rodrigues, Lorenna Rodrigues, Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes no Estadão.
Na avaliação do ministro, a Previdência brasileira é hoje uma "fábrica de desigualdades". "Quem legisla e julga tem as maiores aposentadorias e a população, as menores", disse Guedes.
Para ele, o Governo Bolsonaro é o caminho da reabilitação, mas alertou que a classe política tem de assumir o papel das escolhas do Orçamento. "A classe política é criticada por ter muitos privilégios e poucas atribuições", disse. Na sua avaliação, o resultado das eleições deu o recado aos políticos de que eles não estão conseguindo ajudar o País", afirmou.
O ministro advertiu, porém, que, se o governo não for bem-sucedido na aprovação da reforma da Previdência, será necessário aprovar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para desvincular e desindexar todas as receitas e despesas do Orçamento. (Foto: Valter Campanato/AGBR)