Organização militar: festa da posse de Bolsonaro será cronometrada
Natural da pequena cidade paulista de Glicério e com 63 anos de idade, o militar da reserva Jair Bolsonaro começará a imprimir a disciplina adquirida no Exército Brasileiro antes mesmo de receber a faixa presidencial. Por exigência dele, a festa de posse, nesta terça-feira (1º), terá a cronometragem como particularidade. Todos os atos terão que obedecer ao tempo definido nos ensaios iniciados há uma semana. Também contará com um forte esquema de segurança, que incluirá até mesmo o abate de aviões inimigos em caso de necessidade.
A cerimônia começará às 14 horas, quando Bolsonaro e a esposa Michelle deixarão a Granja do Torto em direção à Esplanada dos Ministérios, e será bastante extensa. Às 14h30 o presidente eleito e a primeira dama trocarão de carro em frente à Catedral. Os Dragões da Independência, policiais em carros, motocicletas e a pé os acompanharão em direção ao Congresso Nacional, onde às 15 horas o presidente eleito subirá a rampa, seguirá para o plenário na Câmara onde será oficialmente empossado e fará seu primeiro discurso.
Por volta das 16h o presidente seguirá para Palácio do Planalto, onde haverá entoação do Hino Nacional, revista às tropas, salva de 21 tiros e apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Depois ele sobirá a rampa e seguirá para o Parlatório, onde receberá das mãos de Michel Temer a faixa presidencial.
Ainda no Planalto, o presidente eleito receberá os cumprimentos das autoridades visitantes e nomeará sua equipe ministerial formada por 22 integrantes. Também será feita a foto oficial da posse, em que o presidente eleito posará ao lado dos ministros nomeados. A programação prevê que às 19 horas Bolsonaro seguirá em cortejo para o Itamaraty, onde haverá uma recepção às 21 horas para marcar o encerramento da festa.
Os detalhes foram ultimados ontem (30), quando houve o último ensaio. "A festa está pronta, será segura e certamente vamos ter um dia primeiro para coroar o processo democrático que se iniciou lá atrás no primeiro turno [das eleições] no dia 7 de outubro", disse ao final o ministro do Gabinete da Segurança Nacional, general Sérgio Etchegoyen. (Foto: José Cruz/AGBR)