Símbolos da esperança
Embora haja uma distância muito grande entre governar e jogar a sorte em uma dessas loterias de números, não é equivocado dizer que os brasileiros em geral, e os paranaenses em particular, estão apostando alto nos governos que assumirão os destinos do País e do Estado neste 1º de janeiro de 2019. No âmbito nacional há uma confiança generalizada - menos dos inconformados oposicionistas, claro - de que Jair Bolsonaro fará uma gestão resgatadora, adotará medidas que tirarão o Brasil do atoleiro em que foi mergulhado pelo desgoverno e pela corrupção. E no âmbito estadual o sentimento é o parecido, pois o Paraná vendido nos últimos anos pelos governantes de plantão como uma espécie de oásis verde-amarelo se revelou um solo empobrecido por ações anti-republicanas e que culminaram com a prisão recente de vários agentes públicos. Oxalá daqui a quatro anos o lamento de hoje possa dar lugar a uma grande celebração.
Bom começo
Vale lembrar que o otimismo da Nação com a economia disparou e está em níveis recordes por conta da posse de Jair Bolsonaro como novo presidente do País. Para 65% dos brasileiros ouvidos há poucos dias pelo instituto Datafolha a situação econômica do Brasil vai melhorar nos próximos meses. Nenhum outro presidente recente assumiu em um cenário tão positivo. Nada mal para começar.
Boa bagagem
Nem sempre juventude é sinônimo de inexperiência. Ratinho Junior, que assume nesta terça-feira como segundo governador mais jovem da história do Paraná, tem só 37 anos de idade, mas uma considerável experiência na vida pública, onde estreou aos 21. Além de deputado estadual por duas vezes, foi secretário estadual do Desenvolvimento Urbano.
Ao trabalho
O vice-prefeito cascavelense Jorge Lange pega o voo da madrugada desta terça-feira para Curitiba para tomar posse como novo diretor-presidente da Cohapar e talvez já fique por lá mesmo. É que Ratinho Junior convocou para a tarde de quarta-feira a primeira reunião com todo o primeiro escalão de seu governo. Horas antes serão exonerados todos os ocupantes de cargos de confiança e funções gratificadas, coisa que deveria ter sido feita por Cida Borghetti, mas não foi.
Esqueletos
Na reunião de quarta Ratinho irá detalhar com sua equipe as principais ações a serem desenvolvidas no início do governo, incluindo a operação pente-fino nos contratos firmados pelo Estado para identificar os que estão em desacordo com sua plataforma de trabalho. Também estão previstas auditorias na folha de pagamento e nos gastos com a previdência. À boca pequena, comenta-se que muitos esqueletos serão tirados do armário.
Agrado
Até mesmo no último dia de seu governo Michel Temer andou botando os pés pelas
mãos para proteger seus aliados. Saiu publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira a nomeação do agora ex-ministro Carlos Marun como conselheiro da Itaipu Binacional até 2020.
Checão
O presidente da Câmara, Gugu Bueno, fez na manhã desta segunda-feira a entrega de um cheque simbólico de pouco mais de R$ 5 milhões ao prefeito Leonaldo Paranhos. O ato teve a participação de vários outros vereadores e marcou a devolução, ao Executivo, dos recursos que o Legislativo gastou a menos do que tinha direito ao longo do ano. R$ 1 milhão desse montante será usado para a obra de calçamento do acostamento da PR-180 em Rio do Salto e outro R$ 1 milhão na construção do ginásio de esportes da Escola Municipal Diva Vidal, localizada no Bairro Maria Luíza.
* Pílulas
* A Cooperativa Lar vai começar o ano com a posse definitiva do antigo frigorífico da Globoaves em Cascavel, fruto de uma longa negociação envolvendo também a Justiça. * A unidade, que possui 3.250 funcionários e abate 175 mil frangos/dia, pertencia à massa falida do antigo Frigorífico Chapecó e estava arendada à Globoaves desde 2003. * O corte a ser feito pelo Governo Bolsonaro no Sistema S minimizará uma grande sangria que ocorre há muitos anos nas empresas brasileiras. * Se prevalecer a tese do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, a economia girará entre R$ 5,3 bilhões e R$ 8,8 bilhões apenas ao longo de 2019. * Bolsonaristas estão sugerindo a Gleisi Hoffmann que comece ano fazendo crochê diante da decisão do PT, presidido por ela, de não prestigiar a posse desta terça-feira, em Brasília. * O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, vai usar os primeiros dias após a posse para fechar um pacote de medidas legislativas que pretende apresentar ao Congresso.