Acir diz ser vítima de injustiça e que irá provar sua inocência
Acir Gurgacz (PDT-RO) fez nesta sexta-feira (21), na última sessão do ano do Senado, seu primeiro pronunciamento desde que se entregou à Polícia Federal para cumprir pena de 4 anos e 6 meses de prisão em regime aberto imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Da tribuna, ele se defendeu da acusação de desvio de finalidade na aplicação de financiamento obtido do Banco da Amazônia, disse que a condenação foi injusta e garantiu que "segue de cabeça erguida" e que vai provar sua inocência.
Visivelmente emocionado, o senador disse que se preparou para voltar a discursar e reiterou que não cometeu qualquer ato ilícito. Ele, que foi avalista do empréstimo, lembrou que nenhum diretor da empresa ou outro fiador foi condenado.
"Todas as pessoas que assinaram o contrato como tomadores do empréstimo ou como avalistas passaram por uma investigação. Nesse processo, ninguém da empresa, tanto os tomadores de empréstimos como os outros três avalistas, sofreu qualquer tipo de penalidade. Meu caso foi para o STF porque sou senador. E lá, mesmo diante dos documentos mostrando que tudo está certo, minha defesa e minha inocência de nada valeram. Recebi uma injusta condenação, contra a qual estou recorrendo", declarou.
Acir cumpre a pena em regime semiaberto, podendo sair do presídio para executar trabalho externo durante o dia. Ele ressaltou que continua trabalhando em favor do povo de Rondônia e em respeito aos seus eleitores, bem como que não guarda rancor por conta do que lhe aconteceu.
"Nunca, na minha vida, me envolvi em qualquer ato ilícito. Não estou na Lava Jato, não comprei votos, não fraudei licitações, não contratei funcionários fantasmas, nunca desviei um centavo de dinheiro público ou fiz qualquer negócio ilícito. Sempre agi na lei, na dignidade, em respeito à minha história, à história dos meus pais, à história dos nossos funcionários, à história de todas as pessoas que confiaram o seu voto em mim; porque são pessoas como eu, que trabalham duro, dia após dia, para construir um presente e um futuro melhor para nós, nossos filhos e nossos netos", acrescentou. (Foto: Pedro França/Agência Senado)