Dono de carro elétrico já pode viajar pela BR-277. E de graça
A Copel finalizou as instalações de postos de recargas que formam a maior eletrovia do Brasil, com 730 quilômetros de extensão, ligando o Porto de Paranaguá às Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. Executivos e técnicos da Companhia fizeram uma viagem inaugural do percurso na segunda-feira (10), partindo de Paranaguá rumo ao Oeste do Paraná em cinco carros elétricos.
Ao todo, são 11 eletropostos espalhados com o apoio da Itaipu Binacional ao longo de toda BR-277, que cruza o Estado. Foi a primeira vez que uma equipe da Copel percorreu toda a eletrovia. Os eletropostos já estão em funcionamento em Paranaguá, Curitiba, Palmeira, Fernandes Pinheiro, Prudentópolis, Candói, Laranjeiras do Sul, Ibema, Cascavel, Matelândia e Foz do Iguaçu. O projeto é pioneiro no País. "Já existem alguns trechos de rodovia com eletropostos no País, mas uma rede que atenda toda uma rodovia não. O Paraná e a Copel saíram na frente novamente com a primeira e maior eletrovia do Brasil", explicou o diretor da Copel Distribuição, Antonio Guetter.
Foram investidos R$ 5,5 milhões no projeto. "A descarbonização é uma tendência mundial e a Copel está à frente desse movimento com a implantação de uma eletrovia em uma rede robusta e preparada para comportar as demandas de mobilidade urbana que já estão em andamento", afirmou Guetter. Cada eletroposto tem 50 kVA (kilovoltampere) de potência - o equivalente a dez chuveiros elétricos ligados ao mesmo tempo - e três tipos de conectores, próprios para atender os modelos de carros elétricos ou híbridos disponíveis no Brasil.
RÁPIDO E GRATUITO
As estações são todas de carga rápida e gratuita: leva entre meia e uma hora para carregar 80% da bateria da maioria dos carros elétricos. Esses modelos rodam de 150 a 300 quilômetros a cada carga. "Por ser um projeto de pesquisa e desenvolvimento, os consumidores não terão custo para abastecer na eletrovia da Copel", detalhou Guetter. A eletrificação automotiva segue tendências da indústria automobilística internacional e atende ao Acordo de Paris, que exige novas soluções de geração e consumo de energia baseadas em fontes renováveis e tecnologia sustentável. (Foto: Daniela Catisti/Copel)