MERCADO AGROPECUÁRIO 06/12/2018
Soja sob pressão em Chicago
O aumento do clima de incertezas em relação ao conflito comercial entre EUA e China depois da prisão de uma executiva de uma grande companhia chinesa no Canadá, deu o tom negativo do dia e pressionou os preços da soja na Bolsa de Chicago e de ativos em geral, nesta quinta-feira.
Com a acentuada queda dos prêmios, a soja brasileira voltou a ficar competitiva no mercado internacional, inclusive para compradores de outros países (que não a China). Desde que a China impôs a sobretaxa de 25% sobre a importação de soja norte-americana, os preços nos EUA ficaram mais baixos e atraíram estes compradores. A China, por sua vez, passou a comprar quase que exclusivamente na América do Sul e, pela dimensão da demanda, jogou os prêmios para níveis estratosféricos...
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Milho em queda na Cbot
Os preços do milho voltaram a fechar no vermelho nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago. Os principais ativos foram pressionados ao redor do mundo, num movimento de fuga de riscos, diante do aumento das incertezas sobre o futuro do comércio entre as principais potências econômicas. O petróleo foi outra importante commodity que perdeu força. Por outro lado, o anúncio de novas exportações norte-americanas limitaram as perdas do dia.
Apesar de operações pontuais, o mercado interno segue ainda lento. Muitas integrações relatam que estão abastecidas até a virada do ano e estão optando por intensificar as compras somente a partir de janeiro. De maneira geral, os compradores apostam na boa disponibilidade interna, em razão da lentidão das exportações e do bom desenvolvimento da safra de verão...
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Suíno vivo permanece estável
Nesta quinta-feira (6), as cotações do suíno vivo permaneceram estáveis nas principais praças do país. O maior valor de negociação é anotado em São Paulo, a R$4,16/kg. O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente ao dia anterior 05), trouxe queda de -1,00% para Minas Gerais, a R$3,97/kg e de -0,63% para Santa Catarina, a R$3,24/kg. As demais cotações trabalharam em estabilidade.
A procura pela carne suína aumenta no final de ano, como destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Contudo, essa demanda ainda não refletiu nos negócios em novembro.
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Mercado do boi gordo mais firme
No fechamento de ontem, a arroba do boi gordo subiu em treze praças pecuárias. Essa maior firmeza do mercado tem sido observada desde o início da semana. Naturalmente dezembro é um mês de aquecimento da demanda e a arroba do boi parece começar a sentir os efeitos dessa sazonalidade.
Além disso, o confinamento, que era o principal originador de boiadas até aqui, já oferta bem menos animais e, como o volume de boiada de pasto ainda é tímido, os frigoríficos estão com dificuldade para comprar a matéria-prima...
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Confinamento de boi aumenta no Brasil
Levantamento do Serviço de informação de Mercado, da empresa DSM, junto a mais de 3 mil pecuaristas, comprovou o crescimento da intensificação da pecuária brasileira. Em 2018, o trabalho registrou 4,98 milhões de bovinos confinados, número 3% superior aos 4,85 milhões fechados em 2017 e 33% maior que os 3,75 milhões de 2016.
"Foi comprovado que o produtor brasileiro está cada vez mais atento para a produtividade do rebanho e, consequentemente, torna-se mais comum a opção pelo confinamento para terminar os bovinos em função de uma série de ganhos que este sistema traz para a atividade", afirma Marco Baruselli, gerente da DSM...
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Liminar do STF impede multas para transportador
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, concedeu nesta quinta-feira liminar impedindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar transportadores que não seguirem os fretes rodoviários mínimos, em uma vitória de empresas que consideram inconstitucional a tabela do frete.
A imposição de sanções derivadas do tabelamento de fretes "tem gerado grave impacto na economia nacional, o que se revela particularmente preocupante ante o cenário de crise econômica atravessado pelo país", disse o ministro...
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