Ao contrário do que muitos imaginam, o Brasil tem apenas a 30ª maior carga tributária do mundo, ficando atrás até de vizinhos como Uruguai o (13ª) e a Argentina (24ª). Em compensação, ocupa o lugar mais alto do dos países que oferecem as menores recompensas pelo sacrifício do contribuinte, que no nosso caso trabalha 153 dias por ano só para pagar impostos e recebe, proporcionalmente, os piores serviços do planeta em áreas como saúde, educação, transporte e segurança. Esse é o cenário retratado por um levantamento do Ibre/FGV (Observatório de Política Social do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) que acaba de ser divulgado e revela que, de 2014 para cá, a média anual do investimento público no Brasil foi de apenas 1,16% do PIB (Produto Interno Bruto), a mais baixa em um grupo de 42 países pesquisados. E o horizonte não é nada animador, pois a cada dia que passa a arrecadação está mais comprometida por decisões antipatrióticas como a que concedeu 16,38% de reajuste salarial aos ministros do STF e cujo efeito cascata irá "confiscar" mais R$ 4 bilhões do Orçamento público.

Indignação

Uma vez mais a comissão especial do projeto dos supersalários adiou a votação do relatório de Rubens Bueno prevendo o fim dos "penduricalhos" que permitem que diversos setores do serviço público recebam salários acima do teto constitucional.

O deputado paranaense saiu revoltado da reunião, após apelar várias vezes em vão para que a matéria fosse votada. "O tempo é de pensar no País e não no próprio umbigo", protestou Bueno, lembrando que seu relatório está pronto desde junho.

Economia

De acordo com Rubens Bueno, a estimativa de economia anual com a aprovação do substitutivo de sua autoria ao Projeto de Lei 3123/2015 é de R$ 2,3 bilhões. "São até R$ 1,16 bilhão com base no gasto máximo com o pagamento de auxílio moradia, que hoje não é submetido ao abate teto, e de até R$ 1,15 bilhão com o fim do pagamento da venda de 30 dias de férias por integrantes do Judiciário e Ministério Público da União e dos Estados", detalhou.

Mais gastança

Por falar em gastança do dinheiro público, R$ 127.298,70 é o montante que está custando a viagem dos senadores Roberto Requião, Vanessa Grazziotin e Antonio Carlos Valadares à República Popular Democrática da Coreia, que de democrática nada tem. Eles embarcaram no último dia 20 e retornarão neste domingo com a desculpa de que é importante para o Brasil estreitar laços com o governo norte-coreano.

* Pílulas

* Embora ainda faltem dois anos para a eleição, já é grande a lista de possíveis candidatos à Prefeitura de Cascavel. * Além do atual prefeito Leonaldo Paranhos, fala-se no ex-prefeito Edgar Bueno, no deputado estadual Marcio Pacheco e até mesmo no deputado federal Evandro Roman, dentre outros nomes. * Os vereadores de Cascavel começam a analisar na sessão de segunda-feira um novo pedido de autorização de empréstimo bancário feito pelo Município. * O valor agora é de R$ 30 milhões e o dinheiro se destina a financiar obras e ações em duas áreas essenciais: educação e saúde. * Também na segunda, a Comissão de Ética notifica oficialmente o vereador Damasceno Jr sobre a abertura do processo que poderá levar à cassação de seu mandato. * Em Foz do Iguaçu, a sessão de terça-feira (4) deverá ser marcada pela posse do suplente Edson Narizão. * Ele vai ocupar a cadeira do vereador Protetor Jorge, que teve o mandato cassado por prática de improbidade administrativa na época em que trabalhava na Secretaria de Saúde de Santa Terezinha de Itaipu.