Ratinho Junior tem dado sinais concretos de que está determinado a inaugurar uma nova fase na política do Paraná, deixando para trás o tempo em que a amizade com o governante de plantão era a principal (se não única) credencial para o preenchimento de cargos estratégicos do alto escalão. Isso ficou provado uma vez mais nesta sexta-feira (30), quando o futuro secretário estadual da Segurança, general Luiz Felipe Carbonell, anunciou quem irá comandar a Polícia Militar e a Polícia Civil a partir de 1º de janeiro próximo. "O processo seguiu a orientação do futuro governador e foi baseado na avaliação da capacidade profissional, na análise do currículo e do conhecimento das atividades de cada um em suas áreas", disse ele ao se referir a Silvio Jacob Rockembach (futuro delegado-geral da Polícia Civil), ao coronel Péricles de Mato (futuro comandante-geral da Polícia Militar) e ao major Welby Pereira Sales (futuro chefe do Gabinete Militar).

Horário marcado

A transmissão do Governo do Paraná de Cida Borghetti para Ratinho Júnior será às 9h30 do dia 1º de janeiro de 2019, no Palácio Iguaçu. É o que consta dos convites que já começaram a ser distribuídos pelo Palácio Iguaçu. A posse, na Assembleia Legislativa, será uma hora antes.

Futuro negro

Desdobramentos da Operação Quadro Negro apontam para um horizonte ainda mais nebuloso para figuras de ponta da política recente do Paraná. A notícia de que Maurício Fanini acaba de assinar acordo de delação premiada com o Ministério Público é uma promessa de novas e bombásticas revelações, inclusive ampliando a lista de implicados no escandaloso desvio de aproximadamente R$ 20 milhões da Secretaria de Estado da Educação.

Jogo de cena

O aviso dado ontem por esta coluna de que os poderes Executivo e Legislativo do Paraná estavam apenas jogando para a torcida ao proporem o congelamento das tarifas do pedágio se confirmou hoje, quando a juíza Thais Sampaio da Silva Machado, da 1ª Vara Federal de Curitiba, negou o pedido para vetar o reajuste anual, a vigorar a partir deste sábado.

Fake news

A Procuradoria Regional Eleitoral pediu a cassação do mandato e a decretação de inelegibilidade por oito anos de Fernando Francischini, deputado estadual mais votado do Paraná nas eleições de outubro passado com mais de 427 mil votos. A ação é motivada por denúncia de ilegalidades que teriam sido praticadas por ele durante a campanha, mediante a difusão de notícia falsa sobre fraude nas urnas eletrônicas supostamente perpetradas para atrapalhar a eleição de Jair Bolsonaro.

A prova

O MPE anexou à ação um vídeo que Francischini postou em sua página nas redes sociais em 7 de outubro e no qual diz textualmente o seguinte: "Nós estamos estourando isso aqui em primeira mão pro Brasil inteiro para vocês. Urnas ou são adulteradas ou fraudadas. Com a ajuda do juiz eleitoral e do promotor eleitoral. A gente tá trazendo essa denúncia gravíssima antes do final".

* Pílulas

* Nadir Lovera, esposa do ex-vice-prefeito Jadir de Matos, vai acompanhar com atenção redobrada o trabalho da Comissão de Ética no caso de Damasceno Jr. * É que se o vereador vier a ter o mandato cassado, é ela quem irá assumir o lugar dele na Câmara de Cascavel. * O PMN cogita bancar o nome do empresário Edenilson Rossi para comandar o PMN do Paraná diante da decisão do prefeito Rafael Greca de mudar de partido. * Rossi, pra quem não sabe ou não lembra, é o dono da Sial, uma da várias empresas do ramo da construção civil que se transferiram de Cascavel para Curitiba cerca de duas décadas atrás.