Após cinco meses de trabalho, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada pela Câmara para investigar denúncias de irregularidades nas obras do Hospital Regional de Toledo finalmente concluiu seus trabalhos. O relatório final, com 158 páginas e apresentado nesta sexta-feira (23), será encaminhado agora ao Executivo municipal, ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal e ao TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná).

"Os fatos investigados e os indícios reais da ocorrência de irregularidades apuradas configuram, manifestamente, atos de improbidade administrativa", atesta o relatório da vereadora Janice Salvador, apontando "a utilização de recurso público em desconformidade ao contido na lei e a apropriação de bem público" - também integraram a comissão Walmor Lodi, Gabriel Baierle, Antônio Zóio e Ademar Dorfschmidt.

A relatora defende "que providências sejam tomadas, posto que está claro que houve erros na execução da obra, negligência na fiscalização da obra, irregularidade na expedição do Habite-se e do Termo de Recebimento Definitivo de Obra, datado de 21 de junho de 2016, que houve a retirada de cabos de energia do prédio do Hospital Regional, que há prejuízo ao erário em razão do já exposto".

NÚMEROS

Ao todo, R$ 34 milhões foram investidos no Hospital Regional de Toledo, que ainda está inacabado. Ao todo, a CPI levantou um prejuízo da ordem de R$ 1,632 milhão - R$ 1,102 milhão na parte elétrica e R$ 529 mil na parte estrutural. Da parte elétrica, R$ 484.900,94 foram pagos e não foram executados, e R$ 618.229,84 foram pagos e executados em desacordo com o projeto. Dos demais serviços, R$ 250.510,22 foram pagos e não foram executados, e R$ 279.001,91 foram pagos e executados em desconformidade. O relatório, no entatno, não indica quais empresas e pessoas devem ser responsabilizadas por isso tudo. (Foto: Assessoria)