Povo brasileiro protagoniza ao abraçar a justiça e a paz
Pedro Antônio Bernardi
À luz das urgentes necessidades de sobrevivência e correspondência aos ecos desesperadores de tanta gente despedaçada, os 208 milhões de brasileiros prostram-se aos pés dos governantes e políticos para que restaurem e edifiquem processo de gestão pública eficiente, eficaz, efetiva e ética. Justiça, ordem, liberdade e paz operam troca de prêmios geradores de benefícios individuais e coletivos. A par disso, enriquecem, modificam, constroem e convertem. Trazem para a visibilidade atos e fatos invisíveis e possuem potencialidade educativa, moralizadora e transformadora. "Paz e justiça são bens que superam quaisquer barreiras, porque são bens específicos de toda a humanidade" - (Papa Francisco).
Os prêmios imateriais das práticas da justiça e da paz são a harmonia, a união, o respeito, a afetividade, a qualidade de vida e todas as forças que agregam satisfação, cordialidade e inter-relacionamento. Os resultados materiais vão desde a melhoria da produtividade e lucratividade, até a elevação de salários e renda. Enfatiza-se que as premiações dependem muito das habilidades humanas, competências técnicas, ações éticas, decisões acertadas e comunicação de qualidade dos líderes e gestores das esferas públicas. "A justiça é o pão do povo; está sempre dela faminto" - (François-René de Chateaubriand - 4/9/1768 - 4/7/1848).
Durante homilia nas celebrações eucarísticas diárias, o missionário franciscano frei Ladi Antoniazzi investe sete minutos para fluir pedagogicamente ensinamentos que levem os participantes a refletir e compreender o Evangelho e preparar cidadãos que sejam diuturnamente cristãos atuantes, práticos e determinados. "Devemos dar rosto e testemunhos para aquilo que pregamos e comunicamos. Comprometidas com a verdade, a justiça, a paz e os valores que dignificam o ser humano indistintamente, em poucos anos a Igreja, a escola, a família e a mídia tem amplo potencial para mudar hábitos atuais viciados e condenados, moralizar a mente e a conscientização social, construir administração verdadeiramente solidária e participativa com abrangência regional, nacional e global", sublinha o religioso.
Nesse sentido, Paulo VI, Papa de 21/6/1963 a 6/8/1978, fundamenta: "Se você quer a paz, prepare a justiça. Se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz." O escritor e jornalista Albert Camus (7/11/1913 - 4/1/1960) acrescenta: "Não há ordem sem justiça". O filósofo grego Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C) complementa: "A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora, o julgamento é a aplicação da justiça".
Pedro Antônio Bernardi é economista, professor e jornalista - pedro.professor@gmail.com