Haddad vira réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
O candidato derrotado à Presidência da República pelo PT e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, virou réu nesta segunda-feira (19) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Justiça de São Paulo recebeu a denúncia do Ministério Público, que o acusa de receber R$ 2,6 milhões da UTC para saldar dívidas de campanha. Haddad nega as acusações e diz que vai se defender.
É a primeira vez que o petista se torna réu em ação criminal. Para Haddad, a decisão é "mais uma tentativa de reciclar a já conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa". O empresário e sócio da empreiteira UTC afirmou, em delação premiada, que contribuiu para saldar dívidas na campanha de Haddad à prefeitura paulistana em 2012.
"Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos fatos, de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF, o Ministério Público fez uma denúncia de caixa 2, uma denúncia de corrupção e uma de improbidade", disse Haddad.
Segundo o ex-prefeito, as denúncias são "sem provas, fincadas apenas na desgastada palavra de Ricardo Pessoa". De acordo com ele, o empresário "teve seus interesses contrariados" enquanto ele estava na Prefeitura de São Paulo. "Trata-se de abuso que será levado aos tribunais", informa a nota do ex-prefeito.
CONDENAÇÕES
Já em Curitiba, a juíza substituta Gabriela Hardt condenou o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e João Bernardi Filho em uma ação da Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e dissimulação de produto de crimes.
Duque foi condenado a três anos e quatro meses. A pena inicial era de seis anos e oito meses, mas a juíza considerou a colaboração espontânea dele. Já João Bernardi Filho foi condenado a cinco anos e seis meses de reclusão, mas como ele tem acordo de delação premiada, Gabriela determinou que continue cumprindo a pena acordada com o Ministério Público.