MERCADO AGROPECUÁRIO 13/11/2018
Soja fecha com perdas na Cbot
Os preços da soja fecharam com perdas na Bolsa de Chicago nesta terça-feira em meio a acentuada queda apurada no mercado do petróleo e diante do fraco ritmo das exportações norte-americanas. Os produtores dos EUA reguem resistindo, sem vender grandes quantidades de soja.
Há uma renovada expectativa de que nos próximos dias as tensões com a China sejam amenizadas e os produtores voltem a acessar o gigantesco mercado chinês para a oleaginosa. Hoje os preços no Golfo do México estão girando cerca de U$ 2,00 por bushel, abaixo daqueles praticados a seis ou oito meses atrás, antes da aplicação da sobretaxa de 25% por parte da China...
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Milho cai em Chicago
Os preços do milho fecharam com perdas nos futuros de Chicago nesta terça-feira, pressionados por fatores técnicos, notadamente pela queda do petróleo e por liquidação de posições acumuladas em sessões anteriores. Por outro lado, os bons volumes e inspeções de embarque limitaram as perdas.
Em contraposição à soja, os embarques de milho dos EUA seguem acelerados. O USDA informou que, na temporada, o volume inspecionado e embarcado chega a 11,11MT, contra 5,96MT do mesmo período do ciclo anterior. Em grande parte, esta aceleração pode ser justificada pela ausência parcial de Brasil e Argentina do mercado externo neste ano...
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Mercado do boi gordo resiste à alta
Mesmo com o feriado desta quinta-feira (15/11) e o período de primeira quinzena do mês, fatores que normalmente resultam em aumento da demanda, até o momento este movimento tem sido mais tímido.
Em algumas regiões as indústrias conseguiram alongar as programações de abate com boiadas de confinamento e, com as programações de abate preenchidas, as empresas mantêm as ofertas de compra nos mesmos patamares ou ofertam preços menores pela arroba...
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Exportações de carne suína já superam outubro
As exportações de carne suína in natura nas duas primeiras semanas de novembro já somam 19 mil toneladas, 26% a mais que no mesmo período de outubro. O valor pago por tonelada também está maior passando de US$ 1791,90 em outubro para US$ 1835,80 em novembro, um crescimento de 2,5%. Se manter este ritmo as exportações em novembro podem chegar a 60 mil toneladas embarcadas no mês. Este crescimento pode já ser um reflexo da reabertura da Rússia para a carne suína brasileira, anunciada no dia primeiro de novembro.
De acordo com a balança comercial publicada pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), nas duas primeiras semanas de novembro de 2018, que totalizaram seis dias úteis, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,665 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7,137 bilhões e importações de US$ 4,472 bilhões. No ano, as exportações somam US$ 206,217 bilhões e as importações, US$ 155,916 bilhões, com saldo positivo de US$ 50,301 bilhões.
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Selic baixa pode reduzir subsídio agrícola
Em evento no fim de setembro, o BC afirmou que o atual sistema de crédito subsidiado limita a expansão da agricultura. "Se estamos projetando dobrar a safra (de grãos) até 2040 (...), não vamos conseguir com o modelo de hoje", declarou na ocasião Cláudio Filgueiras Pacheco Moreira, chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações de Crédito Rural do BC. Parte dessa análise é justificada pela PEC do Teto de Gastos, aprovada em 2016, que coloca freios nos subsídios dos próximos governos...
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Como será a genética leiteira em 50 anos?
(Por Fábio Fogaça*) - A iniciativa do projeto que estimou como o mercado de leite seria em 50 anos foi liderada por Jack Britt (North Carolina State University) e publicado no Journal of Dairy Science (Volume 101, Edição 5, pag. 3722-3741). O artigo cobriu muita coisa, mas aqui destacaremos alguns tópicos sobre as mudanças que poderemos ver na seleção genética.
Espera-se ver constantes ganhos em rendimento de gordura e proteína, estima-se que a produção do volume de sólidos, dobre nos EUA. Isso requer ganhos um pouco mais rápidos do que temos experimentado nos últimos 50 anos, mas seremos auxiliados pela seleção genômica que facilitará as taxas mais rápidas de mudança.
Maiores rendimentos de sólidos necessitam de maior produção de leite. Dobrando a produção de leite seria igual a termos um rendimento médio de leite de aproximadamente 23.000 kg. Isso parece um número muito alto para a média dos EUA, mas tenha em mente que várias vacas já conseguiram produções superiores a 30.000 kg e alguns rebanhos já tem médias acima de 18.000 kg. Os níveis de produção de leite tendem crescer a uma taxa mais lenta do que a de sólidos, devido aos sistemas de pagamento que favorecem os sólidos sobre o leite fluido, podemos não dobrar a produção de leite, mas grandes ganhos estão estimados...
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