A falta dos devidos esclarecimentos por parte de algumas das partes envolvidas foi o principal motivo do atrito entre zeladoras, auxiliares de manutenção de instalações e auxiliares de serviços gerais do quadro de servidores do Município ocorrido nesta segunda-feira, quando a Câmara votou em primeira discussão o projeto do Executivo extinguindo a realização de novos concursos públicos para essas categorias.

Logo após a aprovação da proposta, por 12 votos a oito, um grupo de zeladoras foi até o Paço Municipal ter com o prefeito Leonaldo Paranhos, que procurou deixar claro que a mudança não trará qualquer prejuízo a quem já pertence ao quadro de servidores, diferentemente do que argumentaram alguns vereadores da oposição. Os servidores atuais, segundo ele, terão sua condição inteiramente garantida pelo estatuto do servidor municipal.

A conversa foi tensa e algumas zeladoras saíram deixando um princípio de depredação no terceiro piso da Prefeitura e prometendo paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira. O prefeito, por sua vez, disse estar aberto à negociação, mas que só irá conversar com quem continuar trabalhando normalmente.

Nesta terça-feira a Câmara deve aprovar a proposta em redação final, possibilitando assim que a reposição de pessoal dessas três categorias passe a ser feito por meio de terceirização. Por garantir agilidade muito maior às novas contratações, essa modalidade permitirá a reposição rápida do pessoal que falta sobretudo para fazer o trabalho diário de limpeza de Cmeis e escolas da rede municipal.

COMO VOTARAM

Votaram a favor da extinção dos concursos e, consequentemente, da terceirização dos serviços em questão os vereadores Alécio Espínola, Celso Dal Molin, Damasceno Júnior, Fernando Hallberg, Rafael Brugnerotto, Josué de Souza, Mauro Seibert, Sindie Mazutti, Misael Junior, Roberto Parra, Romulo Quintino e Valdecir Alcântara. E contra votaram Aldonir Cabral, Carlinhos Oliveira, Jorge Bocasanta, Olavo Santos, Paulo Porto, Pedro Sampaio, Policial Madril e Serginho Ribeiro.