Nipofest preserva a cultura dos cascavelenses de olhos puxados
"Esta festa é importante porque assim nossas crianças sempre saberão a história de seus familiares neste País", resumiu o cônsul geral do Japão em Curitiba, Hajime Kimura, que veio a Cascavel especialmente para prestigiar a IV Nipofest. Promovida pela Acec (Associação Cultural e Esportiva de Cascavel), a festa reuniu uma verdadeira multidão entre ontem (10) e hoje (11) para celebrar os 50 anos da associação, os 110 anos da imigração japonesa no Brasil e os 67 anos de Cascavel, a serem completados na próxima quarta-feira (14).
Ocupando lugar de destaque no calendário de eventos do Município e do Estado, apesar de ser realizada há tão pouco tempo, a Nipofest já é o maior evento dos descendentes de japoneses em todo o Oeste do Paraná. "Ela visa unir e integrar a comunidade em torno de um só objetivo, que é a harmonia entre todos os cascavelenses que aqui nasceram e os que chegaram para construir a história do Município e do País", explica o presidente da Acec.
A novidade deste ano foi a inclusão do 39º Festival Paranaense de Bom-Odori, que ofereceu oficinas e mostras culturais gratuitas. Durante os dois dias, o Centro de Convenções e Eventos teve uma programação repleta de atrativos, desde a gastronomia oriental até uma rica exposição sobre os 110 anos da imigração japonesa no País.
A história dos imigrantes japoneses em Cascavel começou em 1953, quando chegou ao município Aracy Tanaka, natural de Antonina e que chefiou o cartório distribuidor por 40 anos. E em 1956 chegou o primeiro imigrante genuinamente japonês, Hirosuke Nagasawa, natural da Ilha Sakarina e que se tornou um dos fundadores da Associação Cascavel Nihonjin-Kai, que posteriormente passou a se chamar Acec. (Foto: Secom)