Nova etapa da Lava Jato leva Joesley Batista de volta à prisão
Figura central do mar de corrupção que inundou o governo federal na era PT/MDB, o empresário Joesley Batista voltou a ser preso na manhã desta sexta-feira (9) dentro da Operação Capitu, desdobramento da Lava Jato e que investiga um suposto caso de desvio de recursos do Ministério da Agricultura entre março e abril de 2014, durante o mandato de Dilma Rousseff.
Com ele foram presos Ricardo Saud e Demilton de Castro, também executivos do Grupo JBS, o vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade - que era titular do Ministério à época por indicação do MDB -, o deputado estadual mineiro João Magalhães (MDB) e o deputado federal recém-eleito pelo Mato Grosso, Neri Geller (PP).
Deflagrada a partir da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB, a operação da Polícia Federal foi desenvolvida no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso com o objetivo de cumprir 19 mandados de prisão temporária e 63 mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos peemedebistas, que receberiam dinheiro da JBS em troca de medidas para beneficiar as empresas do Grupo JBS. Duas grandes redes varejistas de Minas Gerais participariam do esquema, por meio de seus controladores e diretores.
JOESLEY
Joesley havia sido preso em setembro do ano passado após a Procuradoria Geral da República rescindir o acordo de delação premiada firmado com o executivo por suposta omissão de informações nos depoimentos.
Três dias depois, a Justiça expediu novo mandado de prisão contra Joesley, pela prática de "insider trading", que consiste em usar informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro, em outra investigação. Ele deixou a prisão em março deste ano. (Fotos: Diário do Poder)