Sindicatos perdem 1,4 milhão de filiados num prazo de cinco anos
O último levantamento oficial, datado ainda do ano passado, indicava a existência de 16.431 sindicatos legalmente constituídos no Brasil (11.257 de empregados e 5.174 de empregadores), sem contar federações, confederações e centrais. Transformados em meio de sobrevivência de líderes de classe e "filiais" de partidos políticos, sobretudo da esquerda, eles retiraram compulsoriamente de empresários e trabalhadores R$ 3,5 bilhões apenas em 2016.
Mas essa mamata perdeu força com o fim da contribuição sindical obrigatória, extinta pela reforma trabalhista e que levou muitos desses sindicatos a demitir funcionários e a vender ativos para se adaptar a uma perda estimada em um terço da receita causada pela perda de 1,4 milhão de associados nos últimos cinco anos - de 14,5 milhões para 13,1 milhões.
Na contramão, o número de pessoas ocupadas no Brasil aumentou 1,7 milhão no mesmo período, conforme números da Pnad Contínua divulgada nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Historicamente detentora do maior índice de associação sindical do País, a região Sul não fugiu à regra, com sua taxa de filiados recuando de 20,3% em 2012 para 16,2% em 2017.