Bueno destaca avanço do Paraná para se tornar área livre da aftosa
O deputado federal Rubens Bueno em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados a importante decisão do Departamento de Saúde Animal do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que aprovou a solicitação da Faep (Federação dos Agricultores do Estado do Paraná), dos pecuaristas e entidades do agronegócio estadual para antecipar a retirada da vacina contra a febre aftosa no estado para novembro de 2019.
O pedido encaminhado pela governadora Cida Borghetti confirma autorização para que a última etapa da campanha de vacinação ocorra em maio do próximo ano em animais com até 24 meses de idade. "A medida reforça o trabalho para que o Paraná obtenha o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal em 2021. A partir de então, novos mercados que pagam mais pela qualidade da carne paranaense, tanto bovina, como suína e de aves, irão abrir as portas, beneficiando todos os elos da cadeia produtiva", ressaltou Rubens Bueno.
O deputado lembrou ainda que o Paraná tem um importante papel na agropecuária do País, possuindo um rebanho de quase 9,2 milhões de bovinos e bubalinos imunizados na etapa de vacinação de maio de 2018. Disse ainda que mesmo antecipando a retirada da vacinação, o Paraná continuará integrando o Bloco V previsto no PNEFA (Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa) junto com o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Esses estados irão parar de vacinar em maio de 2021. Ainda faz parte desse bloco o estado de Santa Catarina, que já não vacina.
LUTA ANTIGA
"A medida que beneficia o Paraná decorre da análise dos resultados de duas auditorias: do Quali-SV do Ministério, que avaliou positivamente todo o sistema de defesa agropecuária paranaense e outra, feita pela Agência de Defesa do Paraná (Adapar), dos postos de fiscalização de trânsito agropecuário que comprovaram ser o serviço sanitário paranaense um dos melhores do Brasil, com pontuação acima da necessária em diversos quesitos como a construção de postos fixos de fiscalização de trânsito com equipes que vão permanecer dia e noite. Estes postos foram criados pelo estado, juntamente com o setor privado com controle de fronteira, que será feito no norte do Paraná, com os demais estados vizinhos, como São Paulo e Mato Grosso do Sul. Atualmente, o Paraná tem 33 postos de fiscalização em funcionamento em suas fronteiras", explicou Bueno.
De acordo com o deputado, o trabalho para obter o reconhecimento da OIE de área livre de febre aftosa já dura quatro décadas. "O novo status serve como cartão de visita do Estado perante o mundo e agrega valor a todo o sistema produtivo agropecuário, ficando provado que possui um sistema de defesa de sanidade eficaz e de excelência. Saudamos as entidades do agronegócio do estado do Paraná que com eficiência e avançadas tecnologias comemoram o Reconhecimento do Serviço Sanitário Agropecuário Paranaense", finalizou. (Foto: Divulgação)