A decisão do juiz Eduardo Lourenço Bana de determinar o bloqueio de bens dos implicados na Operação Quadro Negro, tomada ainda no último dia 11 mas só hoje tornada pública, chama mais atenção pelo valor que propriamente pela lista dos implicados, já bastante conhecida. É que o magistrado decidiu bloquear um total de R$ 263 milhões em bens, valor 13 vezes maior que os R$ 20 milhões apurados em desvios feitos em obras escolares inacabadas.

Bana determinou o bloqueio de R$ 27 milhões do ex-governador Beto Richa, R$ 27 milhões do deputado Valdir Rossoni, R$ 27 milhões do também deputado Plauto Miró Guimarães Filho, R$ 27 milhões de Edmundo Rodrigues da Veiga Neto, R$ 27 milhões de Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani, R$ 16 milhões de Eduardo Lopes de Souza, R$ 16 milhões de Evandro Machado, R$ 16 milhões de Marilane Aparecida Fermino da Silva, R$ 16 milhões de Maurício Fanini, R$ 16 milhões de Tatiane de Souza, R$ 16 milhões de Vanessa Domingues de Oliveira, R$ 16 milhões de Viviane Lopes de Souza e R$ 16 milhões da construtora Valor.

Todos foram denunciados em ação de improbidade administrativa movida no dia 1º deste mês pelo Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) e o montante do bloqueio considera não só os danos materiais, mas também morais e respectivas multas. (Foto: Arquivo G1)