Paraná reforçará ações voltadas à população em situação de rua
A governadora Cida Borghetti assinou nesta quinta-feira (18) o termo de adesão do Paraná à Política Nacional para a População em Situação de Rua, desenvolvida pelo Ministério dos Direitos Humanos. A medida reforçará as ações que o Estado já desenvolve nesta área e facilitará a busca de novos recursos junto ao governo federal.
"Hoje o Governo do Paraná avança nas políticas públicas em favor das pessoas que mais precisam. Temos o dever, através deste termo, de buscar recursos para a continuidade e ampliação de ações aos que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade no nosso Estado", afirmou a governadora.
Cida disse que é preciso dar condições de acesso à moradia digna, trabalho, saúde, estudo, e demais políticas que melhorem a qualidade de vida das pessoas. "As pessoas vão às ruas por várias situações, como depressão, esquizofrenia, uso excessivo de drogas, a falta de oportunidade de emprego e renda e de desenvolvimento no âmbito escolar. Toda esta fragilidade faz com que desistam de sonhar e nós não podemos perder esta capacidade", disse.
AÇÕES
O Governo do Paraná já reúne representantes de diversas secretarias de Estado e da sociedade e civil para atrelar ações pertinentes às necessidades do segmento e ao desenvolvimento de políticas públicas. De acordo com o secretário da Saúde, Antônio Carlos Nardi, essas ações são pactuadas e desenvolvidas nos 399 municípios do Estado.
"Vamos dar integralidade na atenção à saúde mental, atenção básica, medicamentos, dignidade, abrigo e todo esse processo de trabalho voltado aos paranaenses em situação de rua", disse ele.
Para a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Nádia Oliveira de Moura, os municípios estão precisando de apoio e direcionamento. "Precisamos de todas as áreas envolvidas, como saúde, cultura, trabalho. Temos que ofertar a essas pessoas tratamento, oportunidade e o desejo de sair desta condição", afirmou.
A adesão à Polícia Nacional é um passo fundamental, segundo o coordenador do INRua (Instituto Nacional de Direitos Humanos da População de Rua), Tomas Melo. "É fundamental e ajudará a definir o segmento e suas particularidades", disse Melo. Para ele, é preciso dados concretos para conhecer a população e aplicar políticas públicas efetivas. "Precisamos ter um acompanhamento de forma sistemática. Aqui no Paraná temos alguns levantamentos na cidade de Curitiba, Maringá e Londrina". (Foto: AENPR)