Durante os anos de 2016 e 2017 o poder público de Foz do Iguaçu esteve mais presente nas páginas policiais do que nas páginas políticas. O motivo foi a Operação Pecúlio, que revelou uma vasta rede de corrupção e levou à prisão do então prefeito Reni Pereira e de uma grande parte dos vereadores da época.

Depois de duas eleições - a primeira foi anulada pela Justiça Eleitoral porque o vencedor Paulo Mac Donald teve seus direitos políticos suspensos com base na Lei da Ficha Limpa -, o ex-deputado estadual Chico Brasileiro assumiu o comando da Prefeitura, tendo como vice Nilton Bobato, único vereador da legislatura passada que não teve problemas com a Justiça.

"A maior obra desse primeiro ano de governo não foi uma obra física. A maior ação foi resgatar a credibilidade do município perante a sociedade e as instituições", contou o prefeito ao fazer na Câmara, nesta semana, a prestação de contas do primeiro ano de mandato.

Durante a apresentação, Chico aproveitou para relembrar a situação em que ele e sua equipe encontraram a Prefeitura. "A cidade ficou abandonada pelos antigos gestores. Políticas públicas foram destruídas, seja de saúde, assistência social, segurança pública. Nós pegamos uma cidade com dezenas de obras paradas, não existia um poder público que prestasse serviços à cidade, apenas um desgoverno que destruiu o município", disse.

RECONSTRUÇÃO

O primeiro desafio da atual gestão foi recuperar a credibilidade, com o pagamento das dívidas atrasadas. Foram quitados R$ 62 milhões de contas em menos de um ano, R$ 13 milhões dos quais relativos à área da saúde.

"Hoje podemos dizer que vivemos um momento de reconstrução. {...} Passamos de nota C para nota A junto ao Tesouro Nacional, demonstrando não só o equilíbrio entre arrecadação e investimentos, mas também em honrar o pagamento de todos os fornecedores e credores da prefeitura", afirmou Chico.

Ele citou a retomada de diversas obras, como das avenidas Andradina, Felipe Wandscheer, bem como da Olímpio Rafagnin - que será reiniciada nos próximos dias; das unidades de saúde do Cidade Nova e do Jardim São Roque; o CER VI (Centro Especializado em Reabilitação) e a recuperação de diversos espaços públicos, com implantação de seis academias da terceira idade, reforma do Ginásio do Ouro Verde, alem de três campos de futebol e a conclusão de praças.

Também foram citados projetos em andamento como o Programa de Regularização Fundiária, as obras de combate a alagamentos, os investimentos na educação e a construção de três novos Cmeis nos bairros Três Lagoas, Cidade Nova e Jardim São Roque. "Na educação também foram chamados 140 novos professores e 120 agentes de apoio", relatou.

Na saúde, além da reinauguração da UPA do Morumbi foram contratados mais de 170 médicos em um ano de gestão, e o Laboratório Municipal, que ficou desativado na gestão anterior, hoje realiza mais de 60 mil exames por mês. Já o Hospital Municipal faz, em média, 600 cirurgias por mês (entre eletivas e cirurgias de urgência). O município também firmou convênio com o Hospital Cataratas, onde são realizadas as cirurgias eletivas.

NOVAS OBRAS

O encerramento da apresentação Chico Brasileiro fez o anúncio de novas obras recape asfáltico nas Avenidas Andradina, Garibaldi, Maceió, Paraná, João Paulo II e Rua Padre Bernando Plate, cuja licitação será realizada em breve. O prazo de execução será de quatro meses e o investimento chegará a quase R$ 3,5 milhões.