Campanha com tática militar
A Folha de S. Paulo foi a fundo e descobriu que, ao contrário do aparente amadorismo, a estratégia de comunicação da campanha de Jair Bolsonaro segue estritamente o script de métodos e procedimentos bastante avançados de estratégias militares. "Não se trata exatamente de uma campanha de propaganda; é muito mais uma estratégia de criptografia e controle de categorias, através de um conjunto de informações dissonantes", resumiu para o jornal Piero Leirner, antropólogo da Universidade Federal de São Carlos e estudioso das instituições militares há quase 30 anos. Segundo ele, até mesmo as contradições (chamadas por Bolsonaro de "caneladas") entre as figuras de proa da campanha fazem parte da estratégia, que já foi empregada em várias guerras e usa as redes sociais como principal campo de ação, criando um ambiente de dissonância cognitiva. "As pessoas, as instituições e a imprensa ficam completamente desnorteadas. Mas, no fim das contas, Bolsonaro reaparece como elemento de restauração da ordem, com discurso que apela a valores universais e etéreos: força, religião, família e hierarquia", acrescentou Leirner, para quem "o trabalho dos marqueteiros dos outros partidos ficou a anos luz de distância". Como o Brasil está em meio a uma verdadeira guerra contra os maiores escândalos de corrupção já registrados na História - do País e do mundo, diga-se de passagem -, parece ser uma estratégia pra lá de apropriada.
Celebridades
Em uma entrevista tumultuada à Rádio Bandeirantes, na qual teve um princípio de desentendimento com o locutor Zé Paulo ao priorizar ataques ao adversário em vez de propostas para o País, Fernando Haddad insinuou nesta segunda-feira convites a duas celebridades para compor sua equipe caso vença a eleição: Mario Sergio Cortella e Joaquim Barbosa. Sobre o "inimigo número um da corrupção" Sérgio Moro, no entanto, não fez qualquer menção.
Adesão
No Paraná, Haddad está ganhando o apoio explícito do senador Roberto Requião, que convocou para hoje uma reunião da cúpula do MDB do Estado para aderir à campanha do candidato petista. Resta saber se isso terá algum efeito no eleitorado depois do fracasso que ele teve nas urnas ao tentar a reeleição.
Balanço
Também em Curitiba, Cida Borghetti realiza nesta terça-feira de manhã a primeira reunião do secretariado depois da derrota para Ratinho Júnior. Será uma oportunidade para avaliar o que deu errado na campanha, bem como para definir as ações a serem desenvolvidas nos últimos dois meses e meio de governo.
Enrosco
Leonaldo Paranhos esperava para esta segunda-feira a aprovação, em primeiro turno, do projeto de implantação de um banco de horas para os servidores municipais de Cascavel, mas isso não aconteceu. A tentativa do Executivo enroscou em um pedido de vistas aprovado por 11 votos a 10. O tema voltará para a pauta daqui a uma semana.
CPIs encorpadas
Também na sessão de hoje, os vereadores aprovaram mudanças na parte da Lei Orgânica Municipal que diz respeito ao Poder Legislativo. A principal delas é o aumento do número de integrantes das futuras CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), que passará de três para cinco.
Escolinhas
Cascavel vai sediar na próxima semana (entre 23 e 25) mais dois cursos do Tribunal de Contas do Paraná voltados a áreas fundamentais da administração pública: um sobre compra e gestão de medicamentos e outro sobre gestão e fiscalização de contratos terceirizados. Ambos serão no Anfiteatro Emir Sfair, contarão com o apoio da Amop e se destinarão a servidores de toda a região.
* Pílulas
* A psicóloga e agente penitenciária Melissa de Almeida Ferrarezi, assassinada há quase um ano e meio pelo PCC, dará nome a um prédio público municipal de Cascavel. * A homenagem foi aprovada na sessão de hoje da Câmara e o prédio escolhido é o do Caps-AD. * Erich Decat, analista político da XP Investimentos, virá a Cascavel nesta quarta-feira para proferir palestra a empresários na Acic. * Discorrer sobre o cenário político atual e o que esperar do futuro presidente da República. * Sabe o que acaba de acontecer com a Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu? Foi parar nas páginas policiais, de novo! * O motivo agora é uma ação civil pública contra o vereador Anderson Andrade, acusado de usar recursos do programa Bolsa Atleta para empregar parentes na época em que era secretário municipal de Esportes, entre 2014 e 2016. * * Parece que a longa novela em que se transformou o Shopping Catuaí de Cascavel está chegando ao fim. * A própria empresa noticiou hoje que mais três grandes grupos (Kalunga, Brooksfield e Pernambucanas) já reservaram espaços para se instalar no local.