Logística reversa já tem adesão de 20 setores produtivos no PR
No Paraná, 20 setores produtivos já formalizaram compromisso para a organização da logística reversa. É um dos estados mais avançados nesta questão. Parte do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Paraná, a logística reversa é o conjunto de ações para viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor que o produziu, para reaproveitamento ou outra destinação final adequada. As informações são da Agência de Notícias.
"Avançamos muito no Paraná, porque adotamos uma linha de diálogo para organizar o retorno do material pós consumo, que envolve uma grande estrutura de logística, transporte, tratamento e educação", diz o coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Vinício Bruni.
Já possuem sistema de retorno ao produtor pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, medicamentos, pneus, baterias automotivas, óleo e embalagens de agrotóxico, que não são recicláveis e também não podem ser colocados no lixo orgânico por serem tóxicos. Os cidadãos fazem sua parte procurando locais que fazem a coleta.
Para que esse descarte correto possa ser feito é preciso que o Estado atue em parceria com os setores específicos. Como é o caso da Associação Brasileira para Logística Reversa para Produtos de Iluminação, presente em todo o território nacional, inclusive no Paraná. A entidade disponibiliza cerca de quatro mil pontos de coleta de lâmpadas em todo o Brasil.
"Descontaminamos e separamos o material e tudo é reaproveitado no mercado", diz o diretor da Reciclus, Willian Vagner Gutierrez. O alumínio é reaproveitado pela indústria automotiva, mercúrio vai para indústria de termômetros e laboratórios, vidro é reaproveitado pela indústria de cerâmica e pó fosfórico vai para cimenteiras. "Tudo isso deixa de contaminar os aterros sanitários", afirma Gutierrez.
Gutierrez destaca que o número de devolução de lâmpadas no Paraná corresponde a 15% do que é coletado em todo o Brasil. São cerca de 7 toneladas ao mês.
SETORES
Os 20 setores que firmaram termos de compromisso com a logística reversa são: setor da construção civil; baterias de chumbo ácido; empresarial de eletricidade, gás, água, obras e serviços; medicamentos em desuso; filtros de óleo lubrificante automotivo; embalagens de agrotóxicos; materiais compósitos; óleos lubrificantes; setor industrial da reparação de veículos e acessórios; setor industrial da madeira, mobiliário e marcenaria; setor de pneus: pneus inservíveis nacionais; pneus inservíveis de origem importada; setor industrial de minerais não metálicos; setor industrial de metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; pilhas e baterias portáteis; setor de embalagens em geral. (Foto: ANPR)