Takayama é o primeiro do PR afetado por restrição de foro
Um dia depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) restringir o foro privilegiado para deputados federais e senadores, o ministro Dias Toffoli enviou nesta sexta-feira para instâncias inferiores seis ações penais e um inquérito envolvendo parlamentares no exercício do mandato. O único paranaense entre eles é o deputado Hidekazu Takayama (PSC), investigado
por suposto desvio de verbas públicas quando deputado estadual.
O MPF (Ministério Público Federal) acusa Takayama do crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, por 12 vezes. Ele teria desviado valores públicos em proveito próprio entre 1999 e 2003, período em que nomeou 12 funcionários para ocupar cargos em comissão no seu gabinete, mas que teriam atuado na prestação de serviços particulares.
"Não há qualquer prova de apropriação dos salários de funcionários, mas, ao contrário, todos os funcionários confirmam que recebiam a remuneração indicada em seus contracheques", afirma a defesa, acrescentando que a denúncia não possui "a necessária descrição da forma como ocorreu o desvio de valores públicos, contendo omissões e incongruências".
ALFREDO KAEFER
O cascavelense Alfredo Kaefer (Podemos) figura na lista dos demais paranaenses com processos relacionados a supostos crimes cometidos sem relação com mandato federal. Ele responde a cinco inquéritos e uma ação penal no STF por crimes falimentares, contra o sistema financeiro, a ordem tributária, o patrimônio e a administração em geral, além de formação de quadrilha. Todos esses processos devem ser remetidos à primeira instância em breve. Kaefer, no entanto, sustenta que não deve nada.
Em situação parecida está Valdir Rossoni (PSDB), com dois processos em tramitação.