Anemia mantém Bolsonaro ausente da campanha por mais uma semana
A expectativa do primeiro debate do segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, que deveria acontecer nesta semana, na Band, foi frustrada pela equipe de três médicos que esteve na manhã desta quarta-feira na casa do candidato do PSL, no Rio de Janeiro, para avaliar sua saúde.
"Ele perdeu 15 quilos de massa muscular e ainda está fraco. Ele precisa de uma dieta de recuperação proteica", sentenciou o cardiologista Leandro Echenique, ressaltando que Bolsonaro terá de se submeter a "uma intensa reposição nutricional e fisioterapia" e só poderá ser liberado para a campanha dentro de uma semana. Diante disso, há o risco de a campanha ter só mais um debate: o da Rede Globo.
A notícia dos médicos provocou a reação imediata de Fernando Haddad. "Eu vou na enfermaria em que ele estiver para debater o País. Os brasileiros precisam saber a verdade sobre as coisas", afirmou o candidato do PT. "Muita gente acredita no que recebe no WhatsApp, mas lá você não tem o contraditório. No debate você tem", acrescentou Haddad.
LIBERADOS
O DEM soltou nota nesta quarta-feira para informar que decidiu liberar os líderes e militantes da legenda para apresentar a sua manifestação de voto no segundo turno, "seguindo as suas convicções". No documento, assinado pelo presidente nacional ACM Neto, o partido afirma que mantém o compromisso de contribuir com a construção de um "Novo Brasil" e diz que o momento pede a substituição da prática do "toma lá dá cá" da velha política pelos verdadeiros interesses públicos.
O PR é outro partido que anunciou hoje a liberação de seus filiados. "O Partido da República decidiu liberar toda a bancada para que tome a decisão que achar melhor em cada estado. Os deputados estão liberados para seguir ou com Bolsonaro ou com Haddad", disse o líder da legenda na Câmara, José Rocha. "Temos duas candidaturas em campos totalmente opostos. Temos parlamentares que apoiam Bolsonaro e que apoiam Haddad, que é, por exemplo, o meu caso".
Já na tarde desta quarta-feira foi a vez do Podemos de Alvaro Dias também liberar a sua militância. (Foto: Twitter Eduardo Bolsonaro)