Casa sustentável vai revolucionar o programa de habitação popular
Uma parceria do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior deu o pontapé inicial de um projeto que irá transformar a política de habitação popular no Estado.
Instalado no campus do Tecpar em Araucária, o protótipo é uma casa de 44 metros quadrados com sala, cozinha, dois quartos e um banheiro e possui várias características peculiares, que vão de sistema de geração própria de energia elétrica a aproveitamento da água da chuva.
Uma das ações do projeto Smart Energy Paraná, o programa Casa Sustentável já tem prevista a instalação de mais duas unidades (uma em Jacarezinho e outra na região Metropolitana de Curitiba) para gerar novos dados necessários à implementação de um amplo programa de moradias populares com financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida.
"Vamos validar este piloto para que esse protótipo se torne referência para construção de moradias populares no Paraná. O Tecpar, à frente do projeto Smart Energy Paraná, busca soluções na área de energias sustentáveis e, com a parceria com a Seti e com a Cohapar, soma competências para atender as demandas do Estado", afirmou o presidente do Tecpar, Júlio C. Felix.
CARACTERÍSTICAS
A Casa Sustentável cumpre sete de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas para serem cumpridos até 2030. O principal deles é o número 11, que prevê tornar as cidades e comunidades mais sustentáveis.
O sistema elétrico foi dimensionado para uma demanda de 200 kWh por mês, a média de consumo de uma casa de até quatro pessoas. Como o sistema de geração elétrica está ligado à rede, caso o consumo seja menor, o usuário terá um bônus que poderá ser abatido em meses de maior utilização de energia. Caso seja maior, o usuário só pagaria a diferença entre o que gerou e o que consumiu a mais.
Além da geração de energia, a Casa Sustentável otimiza ventos, com o sistema de ventilação cruzada, que permite a circulação de ar pelos cômodos da casa com a orientação das janelas, contribuindo para o conforto térmico do ambiente.
A casa tem aproveitamento de água da chuva para uso na descarga de vasos sanitários, limpeza e irrigação de jardim e foi pintada com tinta com baixo nível de Compostos Orgânicos Voláteis (COV) - linha conhecidas como "sem cheiro" - e coberta com telha cerâmica na cor branca com utilização de lã de PET no forro, que ajuda no conforto térmico interno. (Foto: Tecpar)