Renovação elevada não fragiliza setor do agronegócio no Congresso
Os integrantes da bancada ruralista, corrente mais forte do Congresso Nacional, tentaram em peso a reeleição, mas não lograram o êxito esperado nas urnas. Ao todo, 206 componentes do colegiado disputaram as eleições parlamentares do último domingo, mas apenas 110 foram eleitos.
As baixas, no entanto, não ocorreram apenas por conta e risco do eleitorado, pois alguns não tentaram renovar os atuais mandatos. São os casos, por exemplo, da senadora Ana Amélia, que foi vice na chapa de Geraldo Alckmin, e de Ronaldo Caiado, eleito no primeiro turno novo governador de Goiás.
Mas a Sociedade Rural Brasileira considera que a alta taxa de renovação no Congresso Nacional pode fortalecer e ampliar ainda mais a representação do setor. "Percebe-se um crescimento expressivo de deputados e senadores eleitos com uma visão 'pró-mercado', vindos de partidos tidos como centro-direita e direita, que, inicialmente, são alinhados com demandas e anseios do setor agropecuário", avaliou a entidade em nota oficial.
NO PARANÁ
Apesar de representar o Estado mais agrícola do Brasil, Roberto Requião não integra a bancada ruralista, por isso sua derrota nas urnas não pode ser contabilizada como perda para esse importante grupo que se reúne às terças-feiras, em Brasília, para discutir estratégias de defesa dos interesses do agronegócio.
Já entre os deputados, não conseguiram a reeleição pelo Paraná entre os integrantes da bancada Alfredo Kaefer, Assis do Couto, Edmar Arruda, Evandro Roman, Leopoldo Meyer, Luiz Carlos Hauly, Osmar Serraglio e Idekazu Takayama. Desses todos, apenas Roman têm reais chances de se manter no Congresso a partir de fevereiro de 2019 já que ficou como primeiro suplente da aliança pró-Ratinho Júnior, que provavelmente chamará algum deputado federal para compor seu secretariado. (Foto: AGBR)