PP de Maluf decide ficar neutro, mas Ana Amélia vai de Bolsonaro
O PP, um dos partidos mais implicados nos escândalos do mensalão e do petrolão, que foi aliado nos governos do PT e tem dentre suas figuras mais conhecidas o deputado federal afastado Paulo Maluf, decidiu nesta terça-feira (9) manter neutralidade no segundo turno da eleição presidencial.
"Tendo a clara compreensão dessas circunstâncias especiais que vivem a política e o País, o Progressistas adotará uma postura de absoluta isenção e neutralidade no segundo turno das eleições presidenciais", informa nota oficial assinada pelo presidente do partido, senador Ciro Nogueira.
O partido afirma ainda estar "convicto" de que essa postura de neutralidade é a "melhor contribuição que pode oferecer ao debate, em que os cidadãos e cidadãs demonstraram querer se ater a um olhar aos projetos e às personas dos candidatos, deixando todas as demais variáveis em segundo plano", bem como que estará a postos para colaborar com o futuro governo a ser eleito "em todas as agendas coerentes e resolutivas".
Entretanto, a senadora Ana Amélia, uma das chamadas reservas morais do PP e que foi candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin, já havia anunciado ontem que dará todo apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno.
"Nas grandes decisões, os gaúchos não admitem neutralidade! Fui uma das maiores defensoras do impeachment de Dilma Rousseff e uma das vozes mais fortes no Senado contra o desgoverno do PT no Brasil. Não quero que o País corra o risco da volta do PT ao poder", defendeu a senadora em seu perfil no Twitter.
No Paraná, o PP conta em suas fileiras com nomes como a governadora Cida Borghetti e os deputados federais Ricardo Barros, Dilceu Sperafico e Alfredo Kaefer.
NOVO TAMBÉM
Outro partido que já tomou uma decisão e também escolheu se manter neutro no segundo turno é o Novo, que teve João Amoêdo como candidato à Presidência da República. "O cenário presidencial não é o que desejávamos. Manteremos nossa coerência e nossa contribuição à sociedade se dará através da atuação da nossa bancada eleita", diz nota do Novo nas redes sociais.(Foto: Senado)