Medicina da FAG leva ações de saúde a indígenas de São Miguel
A Aldeia Tekoha Ocoy, no Distrito Santa Rosa, em São Miguel do Iguaçu, foi o destino de um grupo de estudantes de Medicina, Jornalismo e Fotografia da FAG, além de profissionais da área da saúde. O local foi escolhido para a primeira ação do Programa Acadêmico de Ação Humanitária em Saúde, que tem como objetivo proporcionar atendimentos a populações em vulnerabilidade social em áreas de difícil acesso. A iniciativa é do Camera (Centro Acadêmico de Medicina Rui Almeida) e foi encabeçada pela acadêmica Paula Rissi Nogari e pelo professor do curso, Cassio Franco.
Foram montadas estações para atendimento aos moradores da aldeia, divididas da seguinte forma: pré-consulta, ginecologia e obstetrícia, dermatologia, clínica médica, oftalmologia, palestras de prevenção e educação em saúde. Intérpretes da Unidade de Saúde que atende a aldeia auxiliaram na comunicação, já que alguns habitantes apenas se comunicavam em Guarani. "Conseguimos fazer mais de 120 consultas, realizamos diagnósticos de glaucoma, catarata, gravidez, doenças infecciosas de pele dentre outros. Levamos doações de medicamentos e montamos uma farmácia, então as pessoas já saíram do atendimento com o tratamento e encaminhamento para os exames complementares necessários. Todas as informações dos pacientes atendidos foram passadas à equipe de saúde que atende a aldeia para que haja uma continuidade nos atendimentos realizados pelos especialistas", explica Paula Rissi.
Acadêmicos de Jornalismo e Fotografia registraram toda ação e gostaram da experiência. A acadêmica Gabrielly Ryandra Bertolini Quaggio definiu com lindas palavras o que foi o dia na aldeia. "Sobre o dia em que vi alegria, a sinceridade, doce e pura no olhar de uma criança. Sobre o dia em que conheci histórias que vou levar para o resto da minha vida. Sobre o dia que percebi que realmente é isso que quero da minha vida, contar histórias, conhecer pessoas e viver aventuras por amor a profissão, ainda sou muito jovem para dizer algo, mas isso posso afirmar com certeza uma outra Gabi surgiu hoje", postou ela em seu Facebook.
O sábado cheio de aprendizado rendeu o sentimento de gratidão e o desejo de seguir fazendo o bem. "Foi muito gratificante conseguir levar atendimento médico especializado à população da aldeia que não possui acesso fácil a algumas especialidades, tendo que se deslocar para outros municípios e aguardar longo período na fila de espera. Além disso, ficamos muito felizes em ver outro objetivo do nosso projeto ser alcançado, pudemos ver o aprendizado dos acadêmicos em vários aspectos. Foi um desafio atender pessoas com cultura e hábitos tão diferentes aos que estamos acostumados. Tiveram a oportunidade de auxiliar os médicos nas consultas e procedimentos, desenvolveram novas habilidades. Essa experiência nos deu certeza de que ações como esta fazem muita diferença na formação profissional desses alunos, complementando o aprendizado da sala de aula", completou Paula.
"Descobrimos a importância dessa realização quando ficamos entre a população, percebendo o quão importante era estarmos ali. No final de tudo, saímos com nossas almas leves por ter levado ate essa população um pouquinho de saúde, apesar de que carinho, atenção, dedicação, humanismo também fazem parte da qualidade de vida das pessoas. Acredito que muitos benefícios trouxemos, pois conseguimos mostrar com essa ação voluntária, um impacto positivo na sociedade em relação ao Centro Universitário FAG, além dos acadêmicos participarem de uma ação de responsabilidade social, proporcionando uma experiência única e diferente aos envolvidos", resumiu o médico e docente Cassio Franco. (Foto: FAG)