Única empresa aérea comercial usuária do Aeroporto de Cascavel, a Azul abusou da paciência de sua clientela no fim de semana. Centenas de usuários dos sucessivos voos desceram dos aviões a salvo, mas tiveram de cumprir um verdadeiro calvário para acessar suas bagagens. Ao embarcar, eles haviam sido informados de que as malas despachadas seriam entregues no destino, já nos voos subsequentes, mas nada disso aconteceu.

Quem acreditou na informação, pagou o preço da desorganização da empresa. Sem qualquer controle, coordenação ou explicação, bagagens endereçadas para Cascavel foram parar em São Paulo, e de São Paulo foram transportadas até Foz do Iguaçu, de onde acabaram sendo enviadas via terrestre ao destino final. Usuários passaram a noite de sexta e quase todo o sábado em vigília no aeroporto, em busca de seus pertences.

Um grupo de senhoras convidadas para um elegante casamento no sábado viveu um drama adicional: faltavam poucas horas para a cerimônia e seus vestidos de alta costura ainda não haviam chegado. A empresa simplesmente não dispunha de registro ou controle de seu destino, fato que gerou discussões acaloradas no Aeroporto e ainda deve render desdobramentos judiciais. (Foto: Arquivo)