Pronasolos inicia etapa de visitas a propriedades rurais da região Oeste
O Projeto Pronasolos Paraná, que integra o Programa Nacional de Solos Brasil, inicia uma nova etapa de execução. Até sexta-feira (5) os técnicos envolvidos no projeto recebem uma capacitação técnica em Toledo, e na segunda-feira (8) começa a fase efetiva de levantamento de dados.
Essas visitas vão ocorrer nas propriedades rurais que se encontram na Bacia Hidrográfica Paraná III, inicialmente em áreas próximas aos municípios de Cascavel, Toledo e Ouro Verde. A duração do projeto neste primeiro módulo é de dois anos.
A coordenadora executiva do Prosolo Paraná, engenheira agrícola Débora Grimm, orienta sobre a importância de o agricultor acolher os técnicos do programa, que estarão credenciados pela Embrapa Florestas e pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná).
Com a coleta de material, será constituída uma base de dados integrada de informações necessárias à atualização de mapas, relatórios e perfis e também para interpretação de potencialidades e limitações do uso agrícola, como aptidão agrícola, zoneamentos, diversos, etc, aumentando o nível de conhecimento dos solos paranaenses e das condições das florestas ciliares.
Segundo Débora Grimm, essas informações serão determinantes para apresentação dos trabalhos com nível de detalhe e escalas compatíveis com as necessidades de planejamento de uso da terra no meio rural, bem como para orientação e definição de políticas públicas, proporcionando sinergia na busca do objetivo de preservação do solo e da água no Paraná.
O pesquisador da Embrapa Florestas e coordenador estadual do projeto, Gustavo Curcio, lembra que os técnicos estarão identificados com veículos do Pronasolos Paraná e vão coletar amostras de solo e vegetação, além de realizar observações de campo.
O PROGRAMA
O Pronasolos tem por objetivo adequar uma estrutura de pesquisa em solos para aumentar o nível de conhecimento dos solos brasileiros. Vai possibilitar sua governança por parte do poder público, valorizando o manejo sustentável dos recursos naturais, com destaque para o solo, e possibilitando ao País um desenvolvimento agropecuário ordenado e de longo prazo.
Atualmente, para a citada Bacia Hidrográfica, os mapas de solos encontram-estão em escala 1:250 mil. A intenção é aumentar as escalas para, respectivamente, 1:50 mil e 1:10 mil. Com essa visualização, mais ampla, será possível planejar melhor a propriedade rural, inclusive propor medidas mais adequadas para a conservação e o manejo de solos e de vegetação.
Com o levantamento da vegetação, será possível definir quais as melhores espécies vegetais que devem ser plantadas para formação de APPs (Áreas de Preservação Permanente) e para o plantio de matas ciliares.