O governo federal vai injetar mais de R$ 100 milhões na aquisição de radares de baixa altitude para ajudar as forças de segurança a enfrentarem em pé de igualdade, no mínimo, o crime organizado na região de fronteira, sobretudo com o Paraguai e a Bolívia.

A notícia é boa, sem dúvida, mas não veio acompanhada da credibilidade necessária na medida em que foi dada pelo ministro Raul Jungman nesta sexta-feira, a pouco mais de 90 dias do fim do mandato do atual governo e início do próximo, que não se sabe até onde incluirá essa questão tão importante para o Oeste paranaense na lista de prioridades.

Jungman veio a Cascavel para visitar as instalações do Exército utilizadas como base da Operação Ágata Graal, que entre segunda e terça-feira desta semana mobilizou 3 mil militares, 30 aeronaves, 15 embarcações e 20 blindados no patrulhamento de 3,5 quilômetros de fronteira, na faixa que vai do Mato Grosso a Santa Catarina, passando por Mato Grosso do Sul e Paraná.

"De fato, neste período, além de inibir o tráfico e o contrabando, nós reunimos informações importantes sobre os crimes transfronteiriços", comentou Jungman, que mais tarde foi de Cascavel a Guaíra de helicóptero para conhecer os resultados da operação.

A Operação Ágata Graal englobou vigilância do espaço aéreo, ações de bloqueio de estradas e patrulhas terrestres, além de patrulhamentos fluviais, e mobilizou Força Aérea, Exército, Marinha e órgãos federais e estaduais de segurança pública.