Papa conhece cenário de uma das passagens mais tristes da História
No segundo e último dia de viagem à Lituânia, o papa Francisco visitou neste domingo (23) as celas onde milhares de pessoas foram detidas e torturadas pelos serviços de segurança da KGB e da Gestapo, e lamentou os horrores que marcam o local.
Segundo a Agência EFE, o papa percorreu os angustiantes corredores subterrâneos e entrou nas celas 9 e 11. Nesta última, ele acendeu uma vela em memória de todas as vítimas.
Depois o pontífice visitou a sala das execuções, enquanto o bispo de Vilnius, Gintaras Linas Grusas, contava algumas das terríveis lá histórias registradas.
"Neste lugar lembramos às pessoas que sofreram como resultado da violência e do ódio e as que sacrificaram suas vidas pelo bem da liberdade e da justiça. Rezei a Deus todo poderoso para dar à Lituânia o dom da paz e da reconciliação", escreveu o papa no livro do Museu das Ocupações e Lutas pela Liberdade.
Nesse local, vítimas foram interrogadas e presas, dentre elas o beato Teofilius Matulionis e o bispo Vincentas Borisevicius (em processo de canonização).
"Lituanos e pessoas provenientes de diferentes nações sofreram em sua carne o afã prepotente de quem pretendia controlar tudo", disse o papa na saída do museu.
O pontífice também quis lembrar o chamado holocausto lituano ao parar na frente do monumento ao gueto de Vilnius, em memória dos judeus exterminados. Exatamente ontem, o país lembrou os 75 anos da destruição total deste gueto durante a Segunda Guerra Mundial. (Foto: Alessandro di Meo/EFE/EPA/ POOL)