Paraná assume liderança nacional em certificação de propriedades orgânicas
O Paraná se tornou o estado com o maior número de propriedades que cultivam orgânicos certificadas do Brasil. São 2.402 propriedades, de acordo com o cadastro nacional de produtores orgânicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em segundo lugar está o Rio Grande do Sul, com 2.362 unidades, e em terceiro São Paulo, com 2.147. No Brasil todos são 16.249 certificações.
O cadastro abrange as propriedades com produção vegetal e animal certificadas conforme regulamentação determinada pelo Ministério. O programa Paraná Mais Orgânico, do Governo do Estado, inédito no Brasil, é uma das iniciativas que mais contribuíram para essa conquista paranaense.
A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social. Também é o principal meio em que se busca a transição do modelo tradicional para o agroecológico. Esse sistema tem contribuído para que muitas famílias permaneçam no campo, produzindo alimentos com valor agregado, em práticas que aliam o respeito à natureza - sem uso de agrotóxicos, à qualidade de vida dos agricultores e à saúde do consumidor.
O programa paranaense envolve a Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio das universidades estaduais; o CPRA, que é vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, e o Tecpar, que é o órgão certificador. São oito núcleos de apoio aos produtores em todo o Estado. A cada dois anos o projeto é renovado, em julho, houve nova atualização.
SISTEMA AGROECOLÓGICO
A agricultura orgânica está por trás de um sistema de agroecologia. Trata-se de uma ciência, um movimento social e também de práticas sustentáveis. Ela possui dimensões tecnológicas, sociais, políticas e econômicas. Além de não usar venenos, realiza o manejo sustentável, valoriza as sementes tradicionais e cultiva alimentos em harmonia com a natureza e a cultura local. Não é só uma prática sem o uso de agrotóxicos. (Foto: Arquivo Ocepar)