Economia combalida é desafio imediato para futuro presidente
Independente de quem seja ele, o futuro presidente do Brasil terá como primeiro grande desafio propor medidas imediatas para minimizar a crise econômica enfrentada pelo País. E é provável que quando janeiro chegar o cenário estará ainda pior que o atual, em que há 13 milhões de desempregados e outros 32 milhões vivendo de trabalhos esporádicos ("bicos").
Um indicativo disso é o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre, que caiu 0,5% segundo dados divulgados nesta quarta-feira (19) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). A queda na comparação com o trimestre anterior foi puxada pela indústria (-1,9%) e pelos serviços (-0,4%). A agropecuária foi o único dos grandes setores produtivos com alta (2,8%).
Na indústria, a queda foi influenciada por recuos de 2,8% na área de transformação, 1,3% na construção e 0,8% na extrativa mineral. Já o segmento de eletricidade cresceu 0,6%.
Nos setor de serviços houve quedas de 1,2% no comércio, 3,6% nos transportes, 0,7% em outros segmentos e de 0,1% em administração pública. Só cresceram os segmentos de informação (0,8%), intermediação financeira (0,5%) e imobiliário (1,2%).
Sob a ótica da demanda, a queda no trimestre foi puxada pela formação bruta do capital fixo (os investimentos), que caiu 1,5%. O consumo das famílias manteve-se estável e o consumo do governo cresceu 0,6%. As exportações caíram 5,2% e as importações recuaram de 4,3%. (Foto: Congresso em Foco)