Natureza continua preservada em quase 1/3 do território paranaense
Estudo realizado pelo Simepar em parceria com o IAP e divulgado nesta semana mostra que o Paraná ainda tem 30,3% do seu território com remanescentes de vegetação nativa. O estudo utilizou imagens do satélite Landsat/OLI (2016), que permitiu aos técnicos a precisão necessária na avaliação do uso do solo.
De acordo com o levantamento, o Paraná possui 5.808.878,19 hectares de vegetação nativa, somando Floresta e Mangue. As outras áreas mapeadas mostram que 12.824.442,09 hectares (66,51%) são de área antrópica (pastagem, agricultura e reflorestamento), 378.684,99 hectares (1,96%) de lâmina d?água e 270.339,30 hectares (1,40%) de área urbana.
Com base nessas informações o Estado poderá desenvolver políticas públicas de proteção ambiental mais criteriosas. "Há muito tempo o Estado não tinha um estudo próprio que considerasse o real remanescente de vegetação nativa. Com base nas informações que os proprietários rurais estão nos passando e o banco de dados que criamos, podemos monitorar os nossos remanescentes com mais atenção e critério", explica o presidente do IAP, Paulino Mexia.
OUTROS ESTUDOS
Os números apresentados pelo estudo feito por Simepar e IAP são próximos a outros realizados recentemente e com metodologias parecidas. Ele se aproxima, por exemplo, do resultado do Estudo MapBiomas, iniciativa do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, produzido por uma rede colaborativa formado por ONGs, universidades e empresas de tecnologia.
Também se assemelha aos resultados do trabalho de pesquisa realizado pela Embrapa Florestas com base nas informações, declaradas pelos proprietários rurais. (Foto: Comboio Iguassu)