Fernanda se defende, mas Beto e Pepe fazem silêncio no Gaeco
Esta sexta-feira está sendo uma das datas mais agitadas da história do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Paraná, em Curitiba. Eram por volta das 8h30 quando o ex-governador Beto Richa e a esposa Fernanda chegaram ao local para prestar depoimento dentro da operação Patrulha no Campo, na qual foram presos juntamente com outros ex-agentes governamentais e empresários.
Só no início da tarde, no entanto, é que os dois foram chamados à sala de audiências. Embora todas as informações prestadas estejam sendo mantidas sob sigilo, foi confirmado que Fernanda respondeu a todas as perguntas dos promotores e negou qualquer envolvimento com desvio de recursos do Estado. Já Beto preferiu fazer silêncio, usando a mesma estratégia adotada ontem pelo irmão Pepe, o terceiro membro da família preso na operação.
"Os investigados têm a possibilidade legal de não falar nada", comentou o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, ressaltando que "outras pessoas admitiram algumas coisas que, a rigor, não é possível negar, e acrescentaram algumas informações ao processo".
Quem também chegou à sede do Gaeco por volta das 9 horas foi o empresário Joel Malucelli (foto), sogro do candidato a governador João Arruda e primo do candidato a vice-governador de Cida Borghetti, Coronel Malucelli. Assim que retornou do exterior ele se apresentou voluntariamente e também ficou preso.
O ex-secretário de Assuntos Estratégicos do Governo do Paraná, empresário Edson Casagrande, se entregou à polícia no fim da tarde de ontem e foi ouvido hoje por cerca de duas horas. (Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo)